sexta-feira, 06 de setembro de 2024

Notícias

Gestão da água é compromisso das empresas com a humanidade

Tags: Água, dia mundial, empresas, gestão

 

Todos os anos, a ONU (Organização das Nações Unidas) define um tema base para abordar assuntos relevantes sobre a preservação do planeta. Em 2023, o tema escolhido para o Dia Mundial da Água foi “Acelerando Mudanças – Seja a mudança que você deseja ver no Mundo”.

O propósito é discutir formas de acelerar as transformações necessárias ao enfrentamento de um dos maiores desafios da humanidade, que é prover acesso à água para toda a população mundial, que chegou a oito bilhões de pessoas em 2022 e será de quase 10 bilhões em 2050.

A ONU, de modo muito lúcido, está estimulando as pessoas, empresas e a sociedade a repensarem suas atitudes com relação ao uso e consumo. O tema do Dia Mundial este ano faz analogia com a fábula do beija-flor que se esforça em apagar o incêndio da floresta carregando água no bico. Como se observa no próprio conteúdo da campanha, estamos falando sobre como lidar com uma das crises mais preocupantes para a humanidade.

Cabe lembrar que fornecer água e saneamento para todos no planeta é um dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), cujo prazo de consecução expira daqui a sete anos, em 2030. No entanto, o relatório “Situação da Água Potável no Mundo”, produzido e divulgado no final de 2022 pela Organização Mundial da Saúde (OMS), Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF) e Banco Mundial (Bird), mostra que estamos longe da meta deste objetivo. É assustador constatar que um quarto da população mundial, o equivalente hoje a dois bilhões de pessoas, não tem o fornecimento regular e adequado de água potável.

Assim, é importante, além dos investimentos maciços na infraestrutura de saneamento básico, ampliar o reúso. Nesse sentido, quanto mais empresas forem beija-flores, na exata acepção da analogia com a campanha do Dia Mundial da Água de 2023, maiores serão as possibilidades de se reduzir o déficit e aumentar a oferta do precioso líquido.

Indústrias de todos os segmentos, por exemplo, são grandes consumidoras de recursos hídricos em seus processos fabris. Em consequência desse exacerbado consumo, ocorre a geração de efluentes. Com isso, é necessária a gestão dos resíduos líquidos, por meio de soluções ambientalmente corretas, de modo que a água possa ser devolvida à natureza ou reaproveitada na própria organização, para que, de alguma forma, volte ao uso útil e não engrosse as estatísticas da poluição ambiental. Nesse aspecto, há um dado nacional preocupante: de acordo com o Sistema Nacional de Informações sobre Saneamento (SNIS), somente 50% dos esgotos gerados no Brasil são tratados. Na prática, isso significa que mais de cinco mil piscinas olímpicas de esgoto in natura são despejadas na natureza diariamente.

Os números da ONU, a precariedade do saneamento básico em vários bolsões no Brasil e a premência de se mitigar o desperdício e promover amplo reúso da água mostram o significado de que sejamos todos beija-flores no enfrentamento da questão hídrica. Afinal, o setor privado tem papel fundamental na melhoria dos indicadores referentes aos gargalos da oferta, consumo e utilização industrial, sendo protagonista numa jornada de sustentabilidade decisiva para a humanidade.

*Diogo Taranto é diretor de Desenvolvimento de Negócios do Grupo Opersan

Banner Conexão Agro Anúncio 728x90

Compartilhe

Facebook
Twitter
LinkedIn
WhatsApp

Podcast

Coluna Podcast

Coluna Conexão Agro
Coluna 204 - Congresso Brasileiro de Sementes: inovação, pesquisa e sustentabilidade
06/09/2024

A Coluna Conexão Agro traz entrevista com Fernando Henning, presidente do XXII Congresso Brasileiro de Sementes, um dos maiores e mais importantes eventos tecnico-científicos do setor de sementes. Evento vai acontecer de 10 a 13 de setembro, em Foz do Iguaçu

Cotações

Resumo Técnico fornecido por Investing.com Brasil.

News Letter

Calendário

Calendário