As principais hortaliças comercializadas no atacado ficaram mais baratas no último mês de junho. O resultado do preço ao consumidor é reflexo do restabelecimento da oferta dos produtos nas Centrais de Abastecimento (Ceasas) do País, como aponta o 7º Boletim Prohort, divulgado nesta terça-feira (17) pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab).
O segundo semestre é marcado pela entrada da safra de várias culturas, como a cebola, que chegou a registrar diminuição de 40,85% no preço na Ceasa em Recife.
Nesse período, a produção da hortaliça é pulverizada pelo País com produtores do Nordeste, Sudeste e Centro-Oeste, abastecendo os principais mercados atacadistas. Com mais produto no mercado nacional, a possibilidade de importação também caiu, o que ajuda na redução dos preços, como explica o superintendente de Abastecimento Social da Conab, Milton Junior. Também seguiram as tendências de baixa o tomate, que teve maior queda registrada em Fortaleza, com 42,2%, a alface, em redução de 54,5% em Recife, a cenoura, com redução de 41,4% em Goiânia, e a batata com queda de 30,6% no Rio de Janeiro.
Já nos preços das frutas, foi verificada alta em três dos produtos analisados. A maior demanda pela maçã influenciou na alta de até 16,9% registrada no Rio de Janeiro. Já a baixa oferta do mamão impulsionou o aumento nas cotações. No caso da banana, a entrada da fruta da Colômbia e do Paraguai refletiram na elevação dos preços no atacado.
Milton Junior justificou a alta nos preços de frutas também como reflexo da greve dos caminhoneiros. Segundo ele, com o fim da greve que liberou o escoamento, o abastecimento nas centrais do País tem voltado à normalidade.
A melancia e a laranja chegaram a registrar queda em, pelo menos, quatro centrais analisadas. Mas, enquanto a melancia deve seguir com queda nos próximos meses, a laranja tende a registrar menor oferta do produto no mercado, já que a indústria deve intensificar a demanda da fruta para moagem.
Como dica, para aliviar o bolso e economizar na feira, vale destacar quedas importantes de preços do pêssego (14%), da jabuticaba e graviola (11%), do maracujá (9%), do agrião (26%), rúcula (18%), beterraba (16%), rabanete e jiló (12%), couve-flor e berinjela (11%).