A 3ª Missão Agtech Israel foi recentemente confirmada para o período de 4 a 12 de setembro de 2020. De acordo com o engenheiro agrônomo e PhD Marco Ripoli, responsável pela missão, as inscrições para 15 vagas estão abertas até julho. O roteiro inclui visitas a instituições de pesquisa, empresas, fundos de investimento, startups e incubadores, além de visitas ao campo. O projeto é voltado para empresários, produtores rurais, investidores, consultores, pesquisadores e docentes.
Segundo Ripoli, a missão tem o propósito de conhecer de perto os motivos que fazem de Israel ser uma potência mundial em pesquisas agrícolas. “Israel é o melhor exemplo de que a tecnologia e a inovação são fundamentais para superar desafios. Hoje, o país é líder em inovações agrícolas e possui fortes ecossistemas de Agtechs e Foodtechs, mesmo com mais da metade do país sendo de solos desérticos. Isto é resultado de uma cadeia muito bem desenvolvida para ser produtiva usando poucos recursos naturais”, explica Ripoli.
Com cerca de 20% das terras agricultáveis, de um total de dois milhões de hectares (22 mil km², extensão comparável ao estado de Sergipe), o país do Oriente Médio é praticamente autossuficiente em frutas, vegetais, leite, ovos e carne de frango.
Na programação, está previsto visita a empresa Netafim, responsável pelo desenvolvimento de um sistema de irrigação por gotejamento que reduz muito o desperdício de água, e a Kaiima, empresa de tecnologia genética e de criação que desenvolve plataformas inovadoras que avançam e melhoram a produtividade das plantas em grande escala, sistemas agrícolas modernos. A escolha das companhias visitas mostra como Israel, um país com pouca área cultivável e grandes desafios climáticos conseguiu se tornar referência em agtech e food tech.
Oportunidade de negócios
As missões anteriores, realizadas em setembro de 2019 e fevereiro de 2020, demonstraram que a experiência internacional promove resultados práticos no campo e gera novos negócios. “Israel é o país que, proporcionalmente, mais investe em Pesquisa e Desenvolvimento (5% do PIB), além de ter instituições científicas de ponta e abrigar mais de sete mil startups. Para o produtor brasileiro, a missão significa ter contato com todo este universo de empreendedorismo e inovação, o que pode gerar aprendizagens para aplicar no campo, investimentos ou parcerias com startups”, diz Ripoli.
O empresário de Lucas do Rio Verde (MT), Marino Franz, esteve na primeira missão e conta que se impressionou ao ver como a tecnologia, muitas vezes criada na área militar, conseguiu ser transferida para a iniciativa privada com eficácia. “Você vê como um pessoal que se reuniu nos anos 1950 no meio do deserto, pessoas que tinham em comum só o judaísmo, e conseguiram se estabelecer de forma comunitária, vencer os desafios e criar a maravilha que é a agricultura e toda parte tecnológica de Israel”, revela Marino Franz. Com a vida dedicada ao agro, Franz é proprietário da FS Bioenergia e presidente de Fundação de Pesquisa e Desenvolvimento Tecnológico Rio Verde. Ele destaca a maneira que os israelenses atuam: com conhecimento científico e tecnológico, mas sempre em cima de resultados. “É um exemplo para o mundo e para nós: é possível fazer por meio do trabalho, da pesquisa e da dedicação”, conclui o empresário e produtor rural.
A Missão conta com apoio estratégico do Consulado de Israel em São Paulo, ABAG, ORPLANA e UNICA.
Serviço
3ª Missão AgTech Israel
Quando: de 4 a 12 de setembro de 2020
Inscrições e mais informações: http://familiasa.net/oagronaopara/