terça-feira, 24 de setembro de 2024

Agronegócio

Javalis ameaçam agronegócio paranaense

javali animal exótico

 

 

 

Os javalis destroem a lavoura, transmitem doenças, provocam danos à vegetação nativa e dispersão de ervas daninhas, ameaçando o agronegócio paranaense. Por isso, a Federação da Agricultura do Estado do Paraná (FAEP) e o Serviço Nacional de Aprendizagem Rural do Paraná (Senar), publicaram uma cartilha sobre os javalis, inclusive para tratar dos prejuízos econômicos, ambientais e sanitários causados pelos animais, que são considerados espécie invasora.

O material tem caráter de orientação e contempla, desde o histórico do animal selvagem no Brasil até as normas para o controle populacional de javalis por meio da caça. A elaboração da cartilha surgiu em reunião da Comissão Técnica de Suinocultura da FAEP e, para elaboração, contou com a participação do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), Ibama, Agência de Defesa Agropecuária do Paraná (Adapar), Instituto Água e Terra do Paraná, Associação Paranaense de Suinocultores, Sistema Ocepar e Exército Brasileiro.

O animal da família Suidae, do gênero Sus, é encontrado na maior parte de Europa, em algumas regiões do Norte da África, próximo ao Mar Mediterrâneo e toda a Ásia, exceto nas áreas desérticas e altas das cadeias de montanhas. Na América do Sul, o javali foi introduzido pela Argentina e Uruguai, no século XX, para fins de criação. No Brasil, os javalis e híbridos, os “javaporcos”, aumentaram em meados dos anos de 1990.
No Paraná, foram trazidos para Quatro Barras e, posteriormente, no início da década de 1960, os animais foram levados para uma fazenda em Palmeira, de onde fugiram ou foram soltos, tornando-se grande parte das populações que hoje está distribuída no estado.
O crescimento do número de animais se deve a falta de predadores naturais no Brasil, que no caso são os lobos cinzentos, além da facilidade de procriação com porcos domésticos. Com o aumento contínuo e descontrolado da população e sem predadores, o javali causa vários prejuízos, ameaçando o agronegócio.
O javali é a única espécie animal que é permitida por lei, no Brasil, a caça. Ainda assim, sob a premissa de controle populacional. Aquele que for pego caçando outra espécie que não o javali deve prestar contas à justiça. Por ser um animal exótico, não ter predador e se reproduzir descontroladamente, o abate é o melhor controle, regido por legislações de órgãos e entidades competentes de controles e fiscalizações.

Apesar de permitida a caça, a orientação é não comer ou processar a carne de javali porque são portadores disseminadores de doenças, inclusive zoonoses, que são transmitidas de animais para os seres humanos e vice-versa, como a raiva.

Todo animal abatido deve ter o correto destino da carcaça, seguindo as orientações de cada órgão de fiscalização e controle. Também deve-se atentar para a coleta de material dos animais caçados para a vigilância sanitária, como é o caso no Paraná.

A Adapar realiza vigilância sorológica para Peste Suína Clássica (PSC) na população de suídeos, inclusive os javalis. E, para isso, realiza treinamentos com os manejadores ambientais (caçadores legalizados), treinamentos de educação sanitária (proteção contra zoonoses) e ambiental e de colheita de material para a vigilância da doença.

Acesse a cartilha aqui

Fonte: Faep/Senar e Adapar

 

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Paraná suspende queima controlada no campo - Conexão Agro
Coluna 205 - Paraná suspende queima controlada no campo
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