Quarta geração de uma família de cafeicultores, a estudante de Engenharia de Gestão, Júlia de Souza Viana, de 25 anos, faz parte de uma linhagem de jovens sucessores que têm se voltado para a produção de cafés especiais no Brasil.
A Fazenda Cambuí, de propriedade da família Viana, no Sul de Minas Gerais, fica acima de mil metros de altitude, fator importante que favorece a produção de cafés finos. Porém, a família sempre produziu café commodity nas montanhas da Cambuí. De 4 anos para cá, Júlia percebeu que poderia agregar valor aos negócios da família. Se especializou em grãos especiais, virou barista e coffee roaster, além de criar marca própria e buscar certificação internacional.
O café arábica cultivado em uma das propriedades da família Viana leva a marca João & Maria. Entretanto, o foco da produção não é o consumidor final e sim as torrefações que compram grãos verdes (cru). “Atualmente, torrefações de São Paulo, Paraná, Santa Catarina, Mato Grosso, além de outras regiões do Brasil, compram nosso café especial”, afirma Júlia, que chegou a pontuar 86,75, ficando em primeiro lugar na categoria natural do Concurso de Qualidade dos Cafés Especiais de Cabo Verde, no ano passado. A mãe dela, Cláudia Souza Viana, ficou em quarto lugar.
As premiações não param aí. Júlia ficou em terceiro lugar no 1º Concurso de Cafés do Terroir da Região Vulcânica, atingindo 85,67 pontos.
Para o café ser considerado especial, a bebida precisa contar mais de 80 pontos ao passar pela avaliação de profissionais que atestam a qualidade, verificando os atributos sensoriais do grão. Cada atributo tem uma pontuação de 0 a 10 e a somatória deve ser acima de 80 pontos para ser especial. Se ficar abaixo dessa pontuação, não é especial.
“A bebida precisa atender a uma série de critérios em relação a doçura, acidez, corpo e aroma para poder ser enquadrada como especial”, acrescenta Júlia. Para isso, ensina ela, são necessários alguns cuidados, especialmente no pós-colheita. O primeiro passo é fazer a lavagem seletiva para tirar todas as impurezas (cascas, pedras, gravetos) antes de ir para a secagem em terreiro suspenso ou terreiro de concreto. Após esse processo, os grãos são padronizados por cor e tamanho antes de serem armazenados.
Júlia observa que o processo de secagem é outro ponto determinante para se obter uma bebida de boa qualidade. A umidade dos grãos deve ficar em torno de 10,5% a 11,5%. Ela lembra que o teor de umidade é critério de eliminação em concursos de cafés especiais.
Para conseguir saber o teor ideal, Júlia utiliza um medidor de umidade de grãos portátil da Motomco. “O aparelho é muito bom, fácil de manusear e traz bastante segurança e precisão, porque ele realiza as mesmas curvas dos aparelhos homologados, ou seja, garante medições precisas”, afirma Júlia Viana.
Segundo a produtora, o medidor de umidade é uma ferramenta a mais que ela tem na propriedade para conhecer melhor o seu produto. “A busca por novas tecnologias são sempre bem-vindas e ajuda nas melhores tomadas de decisões”, enfatiza.
QUALIDADE – A diretora de Marketing a LocSolution, empresa detentora da marca Motomco de aparelhos medidores de umidade, Manoella Rodrigues da Silva, destaca que qualquer teor de umidade do grão, acima ou abaixo do que o recomendado pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, compromete a qualidade do produto.
Assim como os demais grãos, a medição de umidade dos grãos de café deve ser sempre feita mediante o uso de equipamentos específicos. “Recomendamos ao produtor rural nosso aparelho portátil da Motomco, o 999CP, que é o modelo utilizado na Fazenda Cambuí. Ele atende todos os processos do monitoramento da qualidade do grão, fornecendo uma porcentagem de umidade muito mais confiável” explica Manoella, lembrando que o equipamento tem garantia de 5 anos e toda assistência técnica da LocSolution.