Iniciativas voltadas para a mecanização do segmento da agricultura familiar no Brasil foram a tônica da participação da Embrapa Hortaliças na 21ª Reunião da Câmara Setorial da Cadeia Produtiva de Hortaliças, realizada pelo Ministério da Agricultura e Pecuária (MAPA. A partir do tema "Panorama da Mecanização para a Agricultura Familiar no Brasil", o analista Henrique Carvalho, chefe-adjunto de Transferência de Tecnologia, apresentou um cenário de ações em curso, onde detalhou as perspectivas para o segmento no que tange ao uso de maquinário agrícola no cultivo de hortaliças.
De acordo com Carvalho, apesar de a mecanização na agricultura familiar vir apresentando crescimento progressivo desde os anos 2000, isso acontece de maneira desigual, com a maioria dos agricultores ainda sem acesso a máquinas, implementos e equipamentos agrícolas, "uma realidade que vem mobilizando várias esferas governamentais na busca por soluções economicamente viáveis e socialmente justas".
"Conforme os dados do Censo Agropecuário do IBGE 2017, apenas 12% dos agricultores familiares possuem máquinas para auxiliar na produção, tratores em sua maioria e, nesse universo, cerca de 3,2 milhões de estabelecimentos rurais não possuem acesso a máquinas agrícolas", pontua o analista, para quem a Embrapa vem gradativamente ampliando o seu papel nesse arcabouço de iniciativas que buscam alterar essa conjuntura.
"A Embrapa participará, por exemplo, do plano de trabalho incluído no Acordo de Cooperação Técnica para o desenvolvimento de máquinas específicas para a agricultura familiar. Além da Embrapa, participam os ministérios do Desenvolvimento Agrário (MDA), Indústria e Comércio (MDIC) e de Ciência e Tecnologia (MCTI), e instituições de fomento à pesquisa e inovação - BNDES, Embrapii, Finep e bancos (BB, BNB e BASA)".
Os compromissos assumidos pela Embrapa também se estendem a outras perspectivas, conforme a abordagem de Carvalho: em curso, tratativas para a assinatura de Termo de Execução Descentralizada (TED) com o MDA para a realização de pesquisa de tecnologias e avaliação de demandas; desenvolvimento de página web com o objetivo de facilitar o acesso a informações; realização de eventos para apresentação de inovações tecnológicas; e estabelecimento de redes institucionais de fomento de PD&I visando o desenvolvimento tecnológico.
Fonte: Embrapa