Cerca de 200 pesquisadores, produtores e profissionais de assistência técnica e extensão rural ligados a 40 instituições públicas e privadas do Paraná e Sul do Mato Grosso do Sul estão participando, nesta terça (29) e quarta-feira (30), da reunião técnica “Terraceamento Agrícola em Sistema de Plantio Direto”, que acontece na sede de pesquisa do IDR-Paraná (Instituto de Desenvolvimento Rural do Paraná — Iapar-Emater), em Londrina.
O objetivo central do encontro é fortalecer a cooperação técnica e científica e impulsionar a troca de conhecimentos sobre práticas conservacionistas, com impactos positivos para o meio ambiente, para a agricultura e para a sociedade como um todo.
O programa prevê a apresentação e debate dos principais conceitos envolvidos no tema, estratégias para o dimensionamento adequado dos terraços em áreas de plantio direto e discussão sobre os resultados obtidos em diferentes tipos de solos e condições climáticas do estado pela Rede Agropesquisa Paraná — inclusive com visita a um ensaio experimental conduzido em Cambé (PR).
“Com certeza essas metodologias de conservação do solo serão ainda mais aprimoradas com os resultados das pesquisas que estão em andamento”, afirmou Vania Moda Cirino, diretora de pesquisa do IDR-Paraná.
Também é destaque no encontro a discussão sobre a necessidade de aprimoramento das políticas públicas e da colaboração entre setores em temas como pesquisa e extensão rural, transferência de tecnologias, comunicação, além de estratégias para o desenvolvimento de ações interinstitucionais coordenadas voltadas para a conservação de solos e produção de água nas bacias hidrográficas.
Toda a programação é transmitida on-line para facilitar a participação de especialistas e interessados que estejam em outras localidades.
TERRACEAMENTO — Os terraços ajudam a reduzir a velocidade do escoamento de água e possibilitam aumentar sua infiltração no solo, o que diminui o carreamento das camadas férteis e aumenta a retenção de umidade.
A adoção do terraceamento promove a retenção de água nas bacias hidrográficas, beneficiando não apenas a agricultura local, mas também a produção de energia hidrelétrica, ao aumentar a recarga dos mananciais que abastecem os reservatórios. Isso se torna ainda mais relevante em áreas onde o solo é mais suscetível à degradação, como ocorre em diversas regiões do Paraná e do Mato Grosso do Sul.
A reunião é uma iniciativa da Aisa (Ação Integrada de Solo e Água), que resulta de parceria entre o IDR-Paraná, Itaipu Binacional, Embrapa (Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária) e Esalq (Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz), ligada à USP (Universidade de São Paulo).
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