O faturamento bruto total das lavouras dos Cafés do Brasil, incluindo as duas espécies cultivadas nas cinco regiões geográficas do País, está estimado em R$ 66,49 bilhões para este ano corrente de 2024. Assim, em relação aos cafés da espécie de Coffea arabica (arábica), cuja receita foi calculada em R$ 48,02 bilhões, tal montante corresponde a 72,22% do total nacional. E, em complemento, o faturamento da espécie de Coffea canephora (robusta+conilon), estimado em R$ 18,46 bilhões, representa 27,78% desse total. A estimativa deste ano é 33% superior a receita bruta total de 2023, que foi de R$ 49,37 bilhões.
Caso seja estabelecido um ranking do total do faturamento da cafeicultura estimado para cada uma das cinco regiões geográficas brasileiras, considerando as duas espécies de café, verifica-se que a Região Sudeste desponta em primeiro lugar com R$ 56,62 bilhões, quantia que equivale a 85,20% do total geral. Na segunda posição, vem a Região Nordeste com R$ 4,63 bilhões de faturamento (6,96%), e, em terceiro, destaca-se a Região Norte com R$ 3,92 bilhões (5,89%). Complementando o ranking, em quarto lugar figura a Região Sul com R$ 781,94 milhões (1,17%), e, por último, na quinta colocação, vem a Região Centro-Oeste com faturamento calculado em R$ 519,35 milhões, valor que representa 0,78% do previsto em nível nacional.Neste mesmo contexto, um ranking exclusivamente dos cafés da espécie de C. arábica das regiões geográficas produtoras do País, teria a seguinte performance: novamente, as Regiões Sudeste e Nordeste figuram em primeiro e segundo lugares, respectivamente, com faturamentos estimados em R$ 44,78 bilhões (93,25%) e R$ 2,12 bilhões (4,41%). Na terceira colocação destaca-se a Região Sul com R$ 781,94 milhões (1,64%), a qual vem seguida pela Região Centro-Oeste, em quarto, com R$ 330,29 milhões (0,70%). E, com relação à Região Norte, não há registro oficial do faturamento bruto de café dessa espécie.
Se aplicada esta mesma lógica de análise, no caso, especificamente para os dados do faturamento bruto das lavouras de café da espécie de C. canephora, o ranking das quatro regiões produtoras – a Região Sul não produz café conilon – teria a seguinte configuração: na primeira colocação, de novo, desponta a Região Sudeste com R$ 11,84 bilhões (64,13%), a qual vem seguida pela Região Norte com R$ 3,92 bilhões (21,25%). E, em terceiro lugar, figura a Região Nordeste com R$ 2,51 bilhões (13,60%), e, na quarta posição, a Região Centro-Oeste com R$ 189,05 milhões, que equivalem a 1,02%.
Estes dados e números da performance dos Cafés do Brasil, o quais permitem elaborar diversas análises e comparações do faturamento bruto das lavouras cafeeiras brasileiras, constam do Valor Bruto da Produção – VBP – Junho 2024, o qual é divulgado mensalmente pela Secretaria de Política Agrícola – SPA, do Ministério da Agricultura Pecuária – Mapa, encontra-se disponível na íntegra, assim como as demais edições, no Observatório do Café do Consórcio Pesquisa Café, coordenado pela Embrapa Café.
Cálculo do VBP do Café
Tem como base a safra anual estimada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística – IBGE, além dos preços médios recebidos pelos produtores apurados pelo Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada – Cepea, da Universidade de São Paulo – USP. Dessa forma, dados desta análise consideraram, entre outros, os preços médios anuais recebidos pelos produtores com base na média anual para os anos fechados e para 2024 preços médios de janeiro a junho. Os cálculos dos preços referem-se ao café arábica tipo 6, bebida dura para melhor e café robusta tipo 6, peneira 13 acima, com 86 defeitos.
Fonte: Embrapa