A GDM, líder global em genética de plantas para cultivos extensivos, anunciou a expansão do seu complexo de laboratórios em Cambé/PR, com um investimento de R$ 15 milhões. A empresa, que prevê faturar U$ 850 milhões em 2023, um aumento de 21% em relação a 2020, quer fortalecer sua atuação no mercado de biotecnologia vegetal.
A GDM é responsável pelo germoplasma de mais de 40% da produção mundial de soja, sendo 79% no Brasil e 71% na Argentina, Paraguai e Uruguai. Nos Estados Unidos, a empresa tem 1,7% do mercado e pretende chegar a 8% até 2025, segundo o gerente Comercial da GDM, Marcelo Steffen.
Além da soja, a GDM está investindo na genética de sementes de milho, com um programa de pesquisa em Petrolina (PE) e um investimento de US$ 20 milhões desde 2019. A empresa lançou seu primeiro material do cereal no ano passado e já licenciou alguns híbridos.
O gerente Brasil em Pesquisa de Milho da GDM, Norberto Bonardi, disse que a meta é vender 700 mil sacas até 2027 e se tornar uma das quatro maiores empresas do setor até 2030. Ele destacou o potencial do germoplasma, os recursos investidos pela GDM e a filosofia da empresa como fatores para alcançar esse objetivo.
Laboratórios - O complexo reestruturado reúne dois conjuntos de laboratórios, integrados entre si. No primeiro deles, de Edição Gênica, a GDM dará continuidade no desenvolvimento de traits, principalmente para a cultura da soja, que possam trazer melhorias às plantas e elevem o potencial produtivo das lavouras.
A companhia foi a responsável pela criação da primeira soja editada do Brasil, com baixa presença de açúcares em sua composição, além de ter criado uma segunda variedade, mais resistente ao estresse hídrico, em 2022. Tais variedades editadas foram consideradas não-OGM (Organismos Geneticamente Modificados) pelas agências reguladoras do Brasil, Argentina e Colômbia.
Entre os equipamentos de última geração disponíveis no complexo de Edição Gênica está a Vicabin, uma câmera de crescimento ultramoderna com alta capacidade (highthrouput). A GDM é a única empresa na América do Sul detentora de tal equipamento, que permite a expansão em quatro vezes na capacidade experimental do laboratório.
O segundo dos laboratórios é de Marcadores Moleculares e Sequenciamento, que confere uma ampla capacidade de extração de DNA e genotipagem em alta escala, com o uso de plataformas automatizadas em toda linha de produção, com capacidade de geração de aproximadamente de 250 mil dados por dia, além de duas plataformas de sequenciamento de DNA.
Com tal ampliação no complexo dos laboratórios, a GDM vai gerar mais de 500 milhões de dados na área de sequenciamento por ano.
O CEO da GDM, Ignacio Bartolomé, afirma que a ampliação dos laboratórios faz parte de uma série de investimentos da GDM no Brasil, a qual está em linha com a estratégia empresarial, envolvendo diversos públicos de interesses.
“Nosso foco está em fortalecer a atuação da companhia no mercado de soja a nível global e estarmos preparados para desenvolver nosso negócio em milho, no Brasil, além de outras culturas extensivas em mercados importantes, como o europeu. A reestruturação do centro de biotecnologia permitirá que a GDM esteja sempre atenta às demandas do mercado e forneça soluções específicas a cada um dos territórios de atuação de forma rápida, focada e eficiente”, destaca Ignacio Bartolomé, CEO da GDM.
Sobre a GDM
GDM é um grupo global que pesquisa, desenvolve e comercializa produtos com propriedade intelectual em genética de plantas de cultivos extensivos. A companhia está na vanguarda somando tecnologias e talentos, fomentando a inovação, associatividade e o desenvolvimento de novos negócios que impactam o core e a cadeia de valor. GDM é uma companhia líder em genética vegetal de cultivos extensivos, presentes em todos os mercados relevantes do mundo, contribuindo com a produtividade de forma sustentável. O grupo investe uma grande quantidade de recursos – humanos e econômicos – para desenvolver programas de pesquisas e testes que resultam em variedades adaptadas às diferentes condições ambientais, proporcionando ao produtor as melhores soluções para as lavouras.
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Embora seja um grande produtor de plantas ornamentais, o Brasil tem carência em pesquisa e melhoramento genético. Todas sementes de plantas ornamentais são importandas. Reportagem especial você acompanha no podcast “Conexão Agro”.