sábado, 07 de setembro de 2024

Cooperativismo, Política e Economia
Ministro Carlos Fávaro anuncia aquisição de leite pelo governo federal
09/08/2023
Produto será adquirido a preço de custo das cooperativas; medida emergencial visa socorrer os produtores brasileiros frente à concorrência
Por: Redação
Ministro Carlos Fávaro na abertura da Agroleite - Conexão Agro
“Fazer um enfrentamento à importação desenfreada é um compromisso que assumo aqui em nome do presidente Lula”, destacou o ministro Carlos Fávaro durante a abertura do Agroleite 2023
Foto: Mapa/Divulgação
Tags: Agroleite, ministro Carlos Fávaro, pecuária do leite

Na Capital do Leite, Castro (PR), o ministro da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro, anunciou a aquisição de leite em pó pelo governo federal a preços de varejo. A medida emergencial é uma das ações para socorrer os produtores de leite brasileiros que enfrentam a forte concorrência de países do Mercosul. O anúncio foi feito durante a abertura da Agroleite 2023 na tarde de ontem (8), em Castro, na região dos Campos Gerais, maior produtora de leite do País.

“Fazer um enfrentamento à importação desenfreada é um compromisso que assumo aqui em nome do presidente Lula”, destacou o ministro.

Junto com o presidente da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), Edegar Pretto, Fávaro afirmou que ainda nesta semana serão adotadas medidas emergenciais para o setor. A aquisição, a preço de varejo, de leite em pó, é uma das ações que visa enxugar o mercado e garantir rentabilidade às cooperativas e, consequentemente, aos produtores.

Em relação à importação de leite de países como Argentina e Uruguai, o ministro ponderou que o acordo com o Mercosul é sensível e o tema está sendo tratado com total atenção pelo governo federal.

“O Mercosul é um bloco comercial muito importante para o Brasil. Nós vendemos a esses países produtos manufaturados que nos dão muita competitividade, ganhos e oportunidades, mas isso não pode ocorrer em detrimento de uma cadeia tão importante, que gera empregos, como a cadeia do leite”, comentou.

Além das medidas emergenciais, Fávaro ressaltou que serão necessárias ações estruturantes para o setor. “Estar aqui vendo a altíssima qualidade das tecnologias para a produção de leite é espetacular. É a certeza de que esse abismo que existe entre os produtores de leite brasileiros precisa ser removido com trabalho, dedicação, com ciência, com investimento para que nós possamos corrigir essa distorção tão grande. E o Brasil que já é campeão na produção de soja, na exportação de soja, algodão, carne bovina, carne suína, vai ser, sim, um grande player mundial na produção de leite e temos que ter dedicação para fazer isso acontecer”.

O secretário de Estado da Agricultura e do Abastecimento, Norberto Ortigara, destacou que as medidas anunciadas ajudam os produtores. "A cadeia está passando por esse estresse difícil porque temos a concorrência externa pesada, com leite barato ingressando em um ponto muito fora da curva, muito anormal", acentuou. "Olhando mais para longe, temos convicção de que com a nossa pegada tornaremos o leite também uma cadeia vitoriosa, inclusive no mercado internacional".

Importação

Somente nos primeiros sete meses deste ano, o Brasil importou mais de 7,7 milhões de litros, especialmente da Argentina e do Uruguai. Para internalizar o leite o País gastou mais de US$ 31,2 milhões. O volume supera em quase três vezes o que o Brasil importa em período normal. A região dos Campos Gerais é uma das maiores bacias leiteiras do País. O município de Castro foi o campeão em 2022, com 425,7 milhões de litros, o que resultou em Valor Bruto de Produção preliminar de R$ 1,1 bilhão.

O ministro reforçou que, ao lado da medida emergencial, o governo quer discutir com os países do Mercosul medidas de fortalecimento. "Temos um acordo que precisa ser fortalecido, mas não podemos deixar que seja predatório e que haja qualquer interferência de qualquer país que não seja do Mercosul nessa distribuição de leite no Brasil", disse. "Estamos muito atentos a isso".

Grãos

Carlos Fávaro também disse que deve ser implementada a mudança na janela de plantio da soja no Paraná, com o término estendido até 31 de janeiro de 2024. Antes a data estava fixada para 19 de dezembro de 2023. Esse é um dos pedidos dos produtores do Estado, principalmente da região Centro-Sul, que cultiva a soja no final de dezembro e começo de janeiro e produz semente.

"É um pleito legítimo apresentado pelo Governo do Paraná e pela Organização das Cooperativas do Paraná (Ocepar), é uma janela que precisa ser estendida para uma região importante, que produz semente e que faz duas safras e meia a cada três anos", afirmou Fávaro. Segundo ele, os técnicos do ministério passam agora a se debruçar nas exceções, como a paranaense. "Elas serão baseadas na ciência", disse.

Agroleite

O presidente da Castrolanda, organizadora da Agroleite, que se estende até o dia 11 (sexta-feira), Willem Berend Bouwman, destacou a importância do evento. São 490 animais expostos e a participação de 269 empresas em 35 hectares. A previsão é de movimentar R$ 150 milhões e receber 100 mil visitantes. "O Agroleite passa pela tecnologia e aqui vem o que há de mais inovador", disse.

Fonte: MAPA e AEN

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