Para Elenir Pizzatto, moradora da Linha União da Vitória, em Capitão Leônidas Marques, a vida sempre foi de sacrifício e trabalho. Ela vive na propriedade da família, de 13,3 hectares, com os pais aposentados e dois irmãos. A atividade leiteira vinha sendo explorada sem grandes resultados. Mas a situação começou a mudar em 2018, quando a produtora, através da assistência técnica do IDR-Paraná (Instituto de Desenvolvimento Rural do Paraná – Iapar-Emater), teve acesso a recursos e políticas públicas e passou a investir no plantio de tomate. Hoje, além da renda com o leite, a família de Elenir produz 40 toneladas de tomate por ano.
A produtora foi beneficiada pelo programa Fomento às Atividades Produtivas Rurais, com recursos do Governo Federal e executado pelo IDR-Paraná. A opção pelo tomate, em ambiente protegido, começou com o investimento de R$ 2.400 que foi usado na construção de uma estufa. A família contou com a assistência técnica de Irineu Vojssczak, extensionista do IDR-Paraná. O valor foi utilizado para complementar a compra de materiais e insumos, como o plástico, pé direto de eucalipto, alguns corretivos de solo e as mudas. “Optamos por uma construção bem rústica, apenas com a cobertura de plástico e sem paredes laterais, de aproximadamente 240 m2. Foi o suficiente para o plantio de 400 pés de tomate. A produção chegou a dois mil kg no primeiro ciclo”, lembrou VojssczaK. O tomate colhido gerou uma renda bruta de R$ 10 mil. A partir do sucesso do primeiro plantio, Elenir e o irmão Miguel resolveram construir mais uma estrutura com tamanho similar e dobraram a produção.
Mais investimento - No ano passado, com o apoio de um programa municipal a fundo perdido, a família recebeu parte do material para a construção de mais uma estufa. Com recursos próprios Elenir adquiriu o plástico e pagou a mão de obra para erguer a nova estrutura. Assim, os irmãos conseguiram plantar mais 800 mudas por ciclo, o que dobrou novamente a produção. Neste ano a família deve repetir a produção de 2023 que chegou a 40 toneladas de tomate, com uma receita bruta de aproximadamente R$ 200 mil.
A comercialização da produção está fluindo muito bem. O tomate colhido na propriedade da família Pizzatto é vendido para supermercados e outros pontos comerciais do município e região. Além disso, também é feita a venda diretamente ao consumidor. Segundo Elenir, nem é necessário fazer entregas, pois os interessados estão pegando o produto na propriedade. Toda a produção é conduzida sem o uso de defensivos convencionais. De acordo com Vojssczak, o manejo de pragas e doenças é feito com bioinsumos.
Além de aumentar a renda da propriedade, Elenir ressaltou outro benefício do cultivo de tomate. “O trabalho não é pesado. É muito tranquilo e o tomate se tornou a principal fonte de renda da propriedade”, disse a produtora. Ela acrescentou que a assistência do extensionista do IDR-Paraná foi fundamental para que ela pudesse investir bem o pequeno valor recebido em 2018 e que deu início à transformação da propriedade. A produção de leite, de 35 litros/dia, resulta em uma renda bruta de R$ 2.300/mês que hoje complementa a renda da família.
Leia Também
Compartilhe
Últimas Notícias
Coluna Podcast
Embora seja um grande produtor de plantas ornamentais, o Brasil tem carência em pesquisa e melhoramento genético. Todas sementes de plantas ornamentais são importandas. Reportagem especial você acompanha no podcast “Conexão Agro”.