sábado, 27 de julho de 2024

Pecuária
Preços do suíno vivo e da carne caem em janeiro, aponta Cepea
09/02/2024
Valor do suíno vivo negociado no Norte do Paraná foi o que apresentou o recuo mais expressivo (-9,2%) em relação ao mês passado
Por: Redação
Abate de suínos - Conexão Agro
Baixo ritmo de exportações e a demanda interna enfraquecida influenciaram para a queda dos preços do produto
Foto: José Fernando Ogura/Arquivo AEN
Tags: preços do suíno

Os preços do suíno vivo e da carne caíram em janeiro, refletindo o baixo ritmo de exportações e a demanda interna enfraquecida. Segundo dados da Secretária de Comercio Exterior (Secex), nos 22 dias úteis de janeiro, a média diária de embarques da carne suína foi de 3,8 mil toneladas, significativos 20,7% abaixo do desempenho apresentado em dezembro/23.

No mercado doméstico, a pressão veio das vendas fracas, diante do menor poder de compra da população (despesas extras) e do recesso escolar, além da oferta elevada de suínos. Dessa forma, em janeiro, o preço médio do vivo posto no mercado independente foi de R$ 6,66/kg na região SP-5 (Bragança Paulista, Campinas, Piracicaba, São Paulo e Sorocaba), baixa de 4,8% frente ao de dezembro/23. Na Grande Belo Horizonte (MG), no mesmo comparativo, a retração mensal foi de 5,8%, com o animal cotado a R$ 6,85/kg.

Dentre as praças monitoradas pelo Cepea na região Sul do Brasil, o valor do suíno vivo negociado no Norte do Paraná (PR) foi o que apresentou o recuo mais expressivo (-9,2%) em relação ao mês anterior, com a média passando para R$ 6,31/kg.

No mercado da carne, as carcaças especial e comum suínas seguiram o movimento de queda verificado para o animal vivo, se desvalorizando fortes 7,2% e 5,5% de dez/23 para jan/24, comercializadas a R$ 9,70/kg e R$ 9,40/kg, respectivamente, no atacado da Grande São Paulo. Quanto aos cortes, na média das regiões paulistas, o recuo mais acentuado foi registrado para o pernil com osso, de 6,9% no período, a R$ 10,16/kg no último mês.

Preços e exportações

As exportações brasileiras de carne suína (incluindo produtos in natura e processados) totalizaram 98,4 mil toneladas em janeiro, volume 10% inferior ao registrado em dezembro/23, conforme dados da Secretaria de Comércio Exterior (Secex), compilados e analisados pelo Cepea.

A queda dos embarques está ligada à retração das compras dos principais parceiros comerciais do Brasil, em especial os localizados na Ásia. Na liderança, a China reduziu as aquisições de carne suína brasileira em 13% no período, comprando 23,1 mil toneladas em janeiro, cerca de 3,4 mil toneladas a menos que no mês anterior. De dez/23 para jan/24, países como Filipinas, Hong Kong e Singapura também diminuíram as aquisições, em 4%, 23% e 18%, respectivamente, comprando 12,3 mil toneladas, 9,5 mil toneladas e 5,2 mil toneladas, no último mês.

O fraco desempenho das vendas externas nesse início de 2024 pode estar atrelado, em partes, ao Ano Novo Lunar, também conhecido como Ano Novo Chinês, comemorado em vários países e territórios da Ásia. Vale destacar que as nações que celebram essa data geralmente adquirem maiores volumes de carne no encerramento do ano, visando à formação de estoques para o período comemorativo – assim, em janeiro, os envios para boa parte desses países usualmente recuam. Diante desse contexto, a receita obtida pelo setor exportador também recuou (15%), passando de US$ 214,1 milhões em dez/23 para US$ 182,8 milhões em jan/24, o menor montante desde fev/23.

Fonte: Cepea

 

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