segunda-feira, 14 de outubro de 2024

Meio Ambiente, Mudanças Climáticas
Sucesso de recursos do BNDES para transição energética depende de adaptação do capital humano
22/01/2024
Expectativa é de que os recursos para essa área aumentem ainda mais nesse ano
Por: Redação
BNDES transição energética recursos meio ambiente conexao agro
BNDES aprovou R$ 57,4 bilhões em recursos para projetos de infraestrutura e em transição energética
Freepik
Tags: transição energética

A diretoria de Infraestrutura, Transição Energética e Mudança Climática do BNDES aprovou em 2023 nada menos que R$ 57,4 bilhões em recursos disponíveis para projetos de infraestrutura e em transição energética. Trata-se de um valor 24% maior ao contabilizado no ano anterior e o maior dos últimos cinco anos. A expectativa agora é de que os investimentos aumentem ainda mais em 2024, mas é preciso capacitar capital humano para ter sucesso com investimentos.

A transição enérgica consiste no abandono progressivo ou transformação de atividades econômicas com peso negativo para o clima e a sociedade para dar espaço a modelos que estejam relacionados a uma economia sustentável. Segundo Sergio Andrade, cientista político e diretor da Agenda Pública, a preparação para lidar com esse período de mudança é importante. “A transição para uma economia sustentável e com impacto neutro no clima exigirá esforços e investimentos substanciais. No Brasil, o desafio se soma ao esforço de adaptação ao quadro de reorganização das cadeias produtivas globais e de adaptação do capital humano à nova realidade da economia, intensiva em conhecimento”, afirma.

O entendimento atual do BNDES é de que o Brasil tem priorizado o tema da transição energética, mas ainda é necessário mais investimentos em infraestrutura. Os principais gargalos estão nas áreas de mobilidade, logística e saneamento. O cientista político ainda lembra que muitos Estados e municípios por todo o país têm forte dependência de atividades econômicas que devem perder espaço ou passar por mudanças profundas em seus modelos de produção.

Por conta disso, é importante que os governos atuem para diversificar as suas economias. “Estruturas produtivas baseadas em energia não-renovável, bem como indústrias com utilização intensiva de carbono, como cimento, aço, alumínio, fertilizantes, petróleo e gás ou produção de papel, constituem um desafio significativo para os territórios que dependem fortemente de tais atividades. Isso exigirá novos instrumentos locais para impulsionar o desenvolvimento econômico”, finaliza.

Sobre a Agenda Pública

A Agenda Pública é uma ONG responsável pela Plataforma Transição Justa e que apoia governos locais, agentes econômicos e trabalhadores por todo o Brasil na construção de políticas públicas para dinamizar a economia. Desse modo, é possível fortalecer a resiliência econômica dos territórios, a capacidade fiscal dos governos, a produtividade da economia e o trabalho em condições dignas, competitivas e sustentáveis.

Saiba mais no site da entidade

 

Sobre a Plataforma Transição Justa

Criada em 2022 a partir de projeto financiado pela União Europeia, a plataforma foi desenvolvida pela Agenda Pública em conjunto com a Estratégia ODS e WRI. Propõe a promoção de diálogo social amplo sobre economias de baixo carbono, redução de vulnerabilidades sócio territoriais; a construção de capacidades em administrações municipais e Organizações da Sociedade Civil para a criação de planos, ações e projetos de transição justa; e a promoção de disseminação entre agentes nacionais, considerando repertórios e soluções para transição justa.

Saiba mais no site da plataforma

Compartilhe

Facebook
Twitter
LinkedIn
WhatsApp

Podcast

Coluna Podcast

Podcast Conexão Agro 208 - Agenda de restauração florestal depende do engajamento do agro, da sociedade e do setor público
05/10/2024

Nunca se falou tanto em restauração florestal como uma alternativa estratégica para os produtores rurais. Confira no Podcast Conexão Agro.

Cotações

Resumo Técnico fornecido por Investing.com Brasil.

News Letter

Calendário

Calendário