quinta-feira, 19 de setembro de 2024

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A nova agricultura que surge dos hackathons

A agricultura do futuro é uma indústria global. Com grande potencial de capitalização e profissionalização em busca megatendências, que podem  escalar as suas primeiras oportunidades de negócios em hackathons, como o Smart Agro, realizado de 13 a 15 na Exposição Agropecuária e Industrial de Londrina (ExpoLondrina 2018).

Inovações que surgem nessas maratonas de empreendedores de tecnologia têm a chance de impulsionar mudanças não só econômicas, como sociais no campo e, por isso, atraiu para a terceira edição do Smart Agro,  70 participantes de 14 cidades, que formaram 16 equipes, assessoradas por 60 mentores de 40 entidades e 13 jurados, que escolheram os três melhores projetos.

Os vencedores foram premiados com R$ 1 mil, R$ 3 mil e R$ 5 para o terceiro, segundo e primeiro lugar, respectivamente.

Porém, o que todos estavam de olho eram nas 20 horas de mentorias oferecidas pelo Sebrae ao grupo vencedor.
Para enfrentar as 48 horas de maratona, os participantes precisaram de muita energia, consumindo 400 refeições, 200 litros de café e 200 energéticos.

Além de conquistar o primeiro lugar, a equipe Digi Safra, formada por quatro mulheres, revela uma tendência do agronegócio, que é a participação cada vez maior da mulher, como acontece em carreiras ligadas à tecnologia.

Nos Estados Unidos, o Centro Nacional de Mulheres e Tecnologia da Informação estima que 26% das funções ligadas à informática são ocupadas por elas.

O projeto vencedor é um aplicativo para o produtor rural e uma versão web voltada à cooperativa e pretende diminuir gastos, acelerar processos, como o de  compra e venda, dispensando a utilização de documentos físicos com segurança jurídica.

“Inicialmente, a premiação irá cobrir os nossos custos, mas o que a gente tem grande confiança é nas 20 horas de mentorias do Sebrae”. afirmou Marizângela Rizzati Ávila, da equipe Digi Sagra. Integram ainda o grupo Yara Camila Fabrin Cabral, Gleicy Laranjeira e Stephane Takemiya.

A preocupação com a aferição do adequado acabamento de gordura em gado de corte foi a preocupação da equipe OX Fat, que reuniu um grupo de participantes de cidades diferentes, que se conheceram no hackathon.

“Esse é um problema que a indústria enfrenta há muito tempo. Os animais vão para os frigoríficos e, após abatidos, a gente verifica que não estão corretamente terminados. Isso implica em uma série de prejuízos ao longo da cadeia”, Explicou Eduardo Luvison, um dos integrantes da equipe, destacando que os produtores trabalham com uma margem de perda de R$ 2,00 a R$ 5,00, quando animal não tem acabamento de gordura.

“Se você extrapolar isso para o mercado nacional, está falando em mais de R$ 1 milhão de prejuízo”, acrescentou Luvison. Fazem parte da equipe também Vanessa dos Anjos Borges, Fernando Ferreira, Artur Ciappina Feijó e Laís Rossetto.

A terceira colocação ficou com a equipe Rex 9, que desenvolveu um projeto de segurança remota para as propriedades rurais.

“A nossa plataforma capacita alguns sensores na propriedade, que fazem a gestão de segurança patrimonial Você consegue saber se a porteira está aberta ou fechada, a localização exata do seu trator, se tem alguém dentro da sede da fazenda, tudo isso à distância”, explicou Gustavo Okano Alves Pinto. Faz parte da equipe ainda Vinícius Ferreira, Vinícius Gambi e Júlio Maruyama.

Para a Sociedade Rural do Paraná (SRP), organizadora do Smart Agro, o sucesso da terceira edição mostra o amadurecimento do ecossistema agtech londrinense.

“A diretora da Rural precisará ficar atenta em quais são as necessidades desses empreendedores . Acredito que, com a vinda de mais novas startups  e os que já foram acelerados por aqui, precisamos ter um ambiente de coworking ou de uma incubadora para que possamos dar continuidade ao trabalho. É preciso transformar a SRP Valley  em um grande berçário onde essas startups possam se desenvolver”, afirmou o coordenador do hackathon e um dos mentores do Programa SRP Valley, George Hiraiwa.

Para a jornalista da Embrapa-Soja, Carina Rufino, que atuou como uma das mentoras do Smart Agro, o trabalho ajudou a colocar os participantes em contato com a dinâmica do agronegócio.

“É muito bacana ver as equipes buscando tecnologias para o agro e podermos ajudar, trazendo mais informações”, avaliou Carina.

 

 

 

 

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Paraná suspende queima controlada no campo - Conexão Agro
Coluna 205 - Paraná suspende queima controlada no campo
11/09/2024

Paraná suspende por 90 dias queima controlada no campo para prevenir incêndios; pesquisador da Embrapa Soja orienta produtores como enfrentar o clima seco e os efeitos da La Niña na safra 2024/25. Confira as notícias do campo no podcast “Conexão Agro”.

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