Quem trabalha com agricultura já percebeu que o investimento em maquinário é imprescindível para ter retorno financeiro, pois a cada ano surgem máquinas com tecnologias mais avançadas. Só que para chegar aos resultados desejados é preciso entender um pouco mais sobre os recursos que os equipamentos disponibilizam ao produtor.
O Sindicato Rural Patronal de Londrina e Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (SENAR-PR) realizaram, recentemente, o curso de Mecanização de Colheitadeiras, com o objetivo de levar toda tecnologia abarcada nos maquinários aos produtores e trabalhadores rurais, além de conhecimento de operação, manutenção e, principalmente, segurança do trabalho.
De acordo com o instrutor do SENAR- -PR, Edson Luiz Límper, que ministrou o curso para 10 participantes recentemente, estudos apontam que, na média brasileira, o produtor rural usa apenas cerca de 30% dos recursos disponíveis em uma colheitadeira, que pode ser usada, por exemplo, para colher soja, milho, feijão, arroz, alpiste, pipoca e até semente de capim.
“A tecnologia do maquinário está crescendo e o pessoal continua usando somente o básico, por não conseguir acompanhar a velocidade das mudanças. O treinamento tem uma importância grande porque a ideia é fazer com que os trabalhadores e produtores conheçam profundamente o produto, os ajustes, as regulagens e as tecnologias que podem ser usufruídas”, explica Límper. Segundo ele, conhecendo melhor o maquinário é possível diminuir as perdas e aumentar a qualidade do grão, além de trazer economia na capacidade produtiva e no consumo de combustível. “Máquinas desreguladas perdem de 4 a 5 sacas por hectare e o objetivo nosso é fazer com que o produtor perca menos e tenha um grão com mais qualidade”.
O curso, com durabilidade de 24 horas, aborda conhecimentos teóricos, operacionais e experiências práticas, onde os participantes podem acionar os equipamentos e ver a tecnologia sendo usada. As aulas práticas foram realizadas em uma propriedade rural. “A finalidade é treinar o operador e o produtor a usarem o máximo dos recursos, até porque se não fizer uso de todos os recursos, o maquinário acaba custando caro. A partir do momento em que o produtor passa a conhecer as ferramentas e os benefícios, ele vê que o que pagou vale a pena”, exemplifica.
Fonte: Sindicato Rural Patronal de Londrina
