quarta-feira, 18 de setembro de 2024

Agronegócio

Paraná quer reajuste no preço mínimo para o trigo 

Com mais apoio, aumentaria a produção nacional de trigo, reduzindo as importações 

 

Produtores de trigo do Paraná querem reajuste no preço mínimo do trigo e apoio à comercialização. A reivindicação chegou ao governo federal, como propostas de políticas para estimular o plantio no País.  

Durante encontro com o ministro da Agricultura e Abastecimento, Blairo Maggi, no Show Rural Copavel, em Cascavel, o secretário estadual da Agricultura e Abastecimento, Norberto Ortigara, pediu uma atenção especial para a cultura, considerando o potencial brasileiro, em especial o Paraná, em atender a demanda nacional pelo produto. 

“O setor quer crescer e, por isso, está buscando junto ao governo federal formas e apoio para ampliar a produção brasileira, reduzir a dependência externa e estimular a competitividade perante outros países que contam com subsídios à produção”, disse Ortigara ao ministro.  

O documento  “Políticas para a Triticultura Nacional”, entregue ao ministro, foi elaborado em conjunto com os produtores rurais e cooperativas de produção do Estado.  Pede um reajuste 16,4% para o trigo tipo 1 da classe pão, devendo passar de R$ 37,26 a saca, atualmente, para R$ 43,38 a saca com 60 quilos.  

Defende ainda um reequilíbrio dos custos operacionais da cultura para que os produtores não sejam desestimulados. 

A área de plantio de trigo no Brasil, onde o Paraná se destaca como maior produtor, caiu 9,5%, o que corresponde a uma perda de 201 mil hectares a menos de trigo no campo.  

A redução ocorre desde 2015 e um dos principais fatores de desestímulo são os preços recebidos pelos produtores, que não cobrem os custos de produção e o preço mínimo estabelecido na Política de Garantia de Preços Mínimos na hora da comercialização.  

O documento pede também apoio à comercialização, que sofre com a concorrência externa no momento da colheita.  

Existem mecanismos de apoio para isso e o documento pede celeridade no momento de serem adotados, para resguardar os produtores das influências do clima, mercado e das políticas internas dos países que são grandes produtores de trigo e que acabam interferindo diretamente na comercialização da produção brasileira.  

RECURSOS – As propostas sugerem ao governo federal alocar recursos para custeio e investimento, garantia de acesso a contratos de opção de venda e salvaguardas à produção nacional.  

Há ainda há sugestões na área de infraestrutura e logística e vigilância sanitária para agilizar o escoamento da safra e proteção da cultura. 

Para Ortigara, se essas políticas forem adotadas o país terá condições de atender a demanda interna por trigo, estimada em 11,2 milhões de toneladas para este ano. 

“As importações seriam reduzidas e, com isso, mais divisas ficariam no país para alavancar a própria produção de trigo”, afirmou o secretário

 

*Com informação da Agência de Notícias do Paraná

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