sábado, 07 de setembro de 2024

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Paraná teve clima mais seco e quente em setembro, diz IDR-Paraná

Tags: agrometeorologia, clima, estiagem, seca

As condições meteorológicas no Paraná em setembro de 2021 foram muito similares ao mês que antecedeu, com predomínio de um clima mais seco e quente na maior parte do Estado. A maioria das regiões paranaenses registraram precipitações muito abaixo da média histórica.

Além da pouca precipitação, ocorreu nesse mês um período de estiagem prolongada, atingindo grande parte do Estado. A região Noroeste foi a mais afetada, a exemplo de Umuarama e Campo Mourão, onde não houve registro de chuvas significativas durante todo o mês de setembro. Em Londrina e Cambará, região Norte do Estado, ocorreu uma estiagem moderada, permanecendo 16 dias sem chuva.

As chuvas registradas em setembro não foram suficientes para repor a água no solo em grande parte do Estado. O déficit hídrico registrado atingiu -70 mm no final do mês. Somente o litoral e o extremo sul do Estado encerraram setembro com leve disponibilidade hídrica no solo.

Períodos secos prolongados têm impacto direto na temperatura do ar, visto que a chuva, a nebulosidade e a umidade do ar são agentes que amenizam as temperaturas. Assim setembro, além de seco, foi um mês extremamente quente, com temperaturas muito acima das médias históricas em todo o Estado, exceto no litoral.

A  média das temperaturas máximas registradas no período de 20 a 26 de setembro atingiu 37 ºC no Noroeste do Paraná. Já as regiões Oeste, Noroeste e Norte foram as que enfrentaram o calor mais intenso, registrando temperaturas máximas diárias acima de 30 ºC em grande parte do mês.

Efeitos na agropecuária

Quanto aos efeitos do clima na agricultura, grande parte das culturas sofreu o impacto da estiagem deste mês.

Soja – A partir de setembro, conforme indicação do zoneamento de riscos climáticos, a semeadura da soja no Paraná teve início. No entanto, em decorrência da pouca chuva, foi semeada apenas 7% da área total estimada no Estado, de acordo com a SEAB/DERAL.

Milho Primeira Safra – Em setembro foi semeada aproximadamente 62% da área total prevista do milho, segundo a SEAB/DERAL. O atraso ocorreu devido ao déficit hídrico no solo.

Feijão – A área semeada de feijão no mês de setembro foi de 37% em relação à área total estimada, segundo a SEAB/DERAL. Também houve atraso por causa da estiagem.

Arroz – Os produtores de arroz iniciaram a semeadura da nova safra.

Trigo, Aveia e Cevada – O clima seco de setembro propiciou o avanço na colheita do trigo, aveia e cevada. O mês de setembro finalizou com cerca de 60% de trigo colhido no Estado. A produtividade e a qualidade foram melhores nas áreas menos atingidas pela estiagem e geadas.

Mandioca – A estiagem afetou a colheita e plantio da nova safra de mandioca. Houve redução na oferta para as indústrias e aumento dos preços pagos aos produtores.

Hortaliças – A prolongada estiagem provocou uma redução considerável no volume das águas dos lagos, rios e riachos, utilizadas para a irrigação das hortaliças, com isso houve racionalização no consumo de água.

Milho Segunda Safra – Praticamente foi encerrada a colheita do milho segunda safra. Estima-se uma redução de aproximadamente 62% na produtividade, devido à estiagem e geadas.

Café e Cana de Açúcar – O longo período sem chuva favoreceu a colheita do café e da cana-de-açúcar.

Pastagens – A grande maioria das pastagens permaneceu com pouca massa verde no mês de setembro devido à falta de umidade do solo, dificultando a alimentação do gado de corte e leite e demais rebanhos.

Mananciais Hídricos – Devido à chuva abaixo da média histórica desde 2019, os rios, lagos, riachos, nascentes e aquíferos permaneceram com seus níveis abaixo do normal, prejudicando a irrigação na agricultura e abastecimento das cidades.

Incêndios – Devido à estiagem prolongada houve vários focos de incêndios em matas, plantações e pastagens no Paraná.

Fonte: IDR-Paraná

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