Dados do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea) mostram que o peso médio do animal de reposição (de 8 a 12 meses, nelore, comercializado em Mato Grosso do Sul) neste ano (de janeiro a junho) está em 213,15 quilos por cabeça. Trata-se de um recorde, tanto considerando-se os seis primeiros meses de anos anteriores como também as médias anuais, desde fevereiro de 2000 (início da série do bezerro do Cepea).
Esse cenário evidencia que, apesar dos elevados custos de produção, o pecuarista brasileiro vem investindo em tecnologia ao longo dos últimos anos. E os resultados destes esforços vêm sendo observados pelo aumento na oferta de reposição e, sobretudo, pelo maior peso do bezerro.
Suínos: média mensal sobe, mas segue menor no comparativo anual
Os preços médios do suíno vivo em junho (até o dia 29) apresentam movimento de alta frente aos de maio. Por outro lado, na comparação anual, a média de junho ainda está inferior à do mesmo mês de 2021, em termos nominais.
A reação mensal dos preços, que vem sendo observada em todas as praças acompanhadas pelo Cepea, é resultado da menor oferta de suínos, sobretudo de animais gordos, e do aquecimento da demanda por carne suína. Neste último caso, ressalta-se que, tipicamente, as temperaturas mais baixas em junho incentivam o consumo de produtos suinícolas.
Além disso, eventos festivos também reforçam a demanda pela proteína. O atual preço médio do animal vivo negociado na região SP-5 (Bragança Paulista, Campinas, Piracicaba, São Paulo e Sorocaba) é de R$ 6,49/kg, aumento de 4,5% em relação ao de maio, mas 8,8% abaixo do patamar do mesmo período do ano passado.
No mercado de carnes, as valorizações foram mais comedidas. O preço médio da carcaça especial suína negociada no atacado da Grande São Paulo teve alta de 1,2% de maio para junho, com o produto comercializado a R$ 9,35/kg neste mês.
Fonte: Cepea