quarta-feira, 18 de setembro de 2024

Milho

Pesquisa avalia controle da mancha branca do milho

O Instituto de Desenvolvimento Rural do Paraná Iapar-Emater (IDR-PR) põe à disposição do setor produtivo dois boletins técnicos contendo avaliações de fungicidas utilizados para o controle da mancha branca do milho segunda safra. As obras trazem resultados de ensaios realizados nos principais centros produtores do Paraná, abrangendo o período de 2016 a 2019.
De acordo com o engenheiro-agrônomo Adriano Augusto de Paiva Custódio, há mais de 40 anos vem sendo relatada a presença de mancha branca em lavouras de milho, mas a doença cresceu em importância no início da década de 1990, e se tornou a mais importante doença foliar da cultura nos últimos anos. “É atualmente um dos principais fatores limitantes à produção, especialmente na segunda safra”, explica o pesquisador, que é também o principal autor dos boletins.
A doença tem potencial para reduzir em 60% a produtividade em lavouras de híbridos suscetíveis, o que leva ao uso de fungicidas. “É um dos principais métodos de controle atualmente empregados na cultura desde o início dos anos 2000”, afirma Custódio.
De acordo com ele, para controlar doenças foliares nas lavouras de milho os produtores fazem, em média, duas aplicações de fungicidas na safra, e uma na segunda safra. “Havia cerca de 30 produtos registrados para a cultura em 2013, número que saltou para 126 em 2019. Daí a necessidade de conhecer a eficiência do controle e os ganhos de produtividade”, afirma.
O Departamento de Economia Rural da Secretaria de Agricultura e Abastecimento estima 2,2 milhões de hectares cultivados com milho nesta segunda safra, com expectativa de colher em torno de 12,4 milhões de toneladas.
AVALIAÇÃO – A primeira obra apresenta resultados da avaliação de fungicidas nas safras 2016 e 2017 em Londrina e Campo Mourão, uma cooperação entre IDR-PR e Coamo. Já a segunda, abrangendo os anos de 2018 e 2019, é resultado de uma rede de ensaios ampliada, envolvendo outras 12 entidades que conduziram experimentos em 13 municípios do Estado.
Fungicidas são moléculas que bloqueiam o desenvolvimento dos fungos e impedem que a doença se manifeste. Dependendo da forma de ação, atuam em apenas um ou em vários pontos do metabolismo desses microrganismos, denominados “específicos” ou “multissítios”.
No total, os estudos analisaram o desempenho de 23 tratamentos, envolvendo fungicidas de sítio específico, multissítios e suas combinações, testados nos diversos estágios de severidade da doença, explica Custódio.
Baixe gratuitamente a versão em PDF do informe “BT 93 – Eficiência de fungicidas no controle da mancha branca do milho – segunda safra 2016 e 2017” e “BT 94 – Eficiência de fungicidas no controle da mancha branca do milho – segunda safra 2018 e 2019”. (anexo as publicações para o link)
A rede de ensaios resultou de parceria que envolveu a Universidade Estadual de Londrina (UEL), Universidade Federal do Paraná (UFPR); as cooperativas Coagru, Cocari, Copacol, Copagril e Integrada; e as empresas Agroensaio, Tagro, Terra PR e G12Agro. O projeto cooperativo vem ganhando a adesão de outras entidades e, a partir deste ano, passa a ser conduzido em todas as regiões produtoras de milho safrinha no Brasil.
Banner Conexão Agro Anúncio 728x90

Compartilhe

Facebook
Twitter
LinkedIn
WhatsApp

Podcast

Coluna Podcast

Paraná suspende queima controlada no campo - Conexão Agro
Coluna 205 - Paraná suspende queima controlada no campo
11/09/2024

Paraná suspende por 90 dias queima controlada no campo para prevenir incêndios; pesquisador da Embrapa Soja orienta produtores como enfrentar o clima seco e os efeitos da La Niña na safra 2024/25. Confira as notícias do campo no podcast “Conexão Agro”.

Cotações

Resumo Técnico fornecido por Investing.com Brasil.

News Letter

Calendário

Calendário