A alta de preços e a expectativa de maior produção elevam em 3,3%, o Produto Interno Bruto (PIB) do agronegócio no primeiro trimestre. É o que mostra o estudo divulgado pela Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) e pelo Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea, Esalq- USP). O levantamento mostra: de janeiro a março de 2020, elevações nos segmentos primário (5,85%), serviços (3,53%), agroindústria (1,41%) e insumos (0,43%).
Tanto a pecuária quanto a agricultura tiveram crescimento no acumulado do primeiro trimestre, de 6,11% e 1,91%, respectivamente. No caso do ramo pecuário, o resultado foi impulsionado pela alta dos preços dos diversos produtos, em um efeito inercial que começou no fim de 2019 e pela maior procura por proteínas animais no final do ano passado e no início de 2020.
O estudo aponta que a inércia decorre tanto da elevação dos preços das carnes suína e bovina – resultado da demanda aquecida no mercado externo em decorrência da Peste Suína Africana (PSA) – como do reflexo dessa elevação nos preços das proteínas substitutas, como a carne de frango e os ovos.
Já o comportamento da agricultura é reflexo de preços mais elevados no primeiro trimestre deste ano em relação ao mesmo período de 2019, além das boas perspectivas para a safra atual. A colheita do milho confirma recorde na produção de 250,5 milhões de toneladas de grãos. Quanto aos preços, destaque para café, arroz, milho, soja e trigo, além de alguns hortifrutícolas, como banana e tomate. As expectativas são positivas para produtos importantes no PIB, como café, soja, milho, algodão e laranja, entre outros.
Março – O PIB do agronegócio em março teve alta de 0,94%, comportamento puxado pelo crescimento de todos os segmentos da cadeia produtiva (insumos, serviços, agroindústrias e insumos), além do bom desempenho dos ramos agrícola e pecuário. Segundo estudo CNA/Cepea, os primeiros impactos da Covid-19 também influenciaram o resultado no mês de março.
O estudo mostra que, no mês de março, a pandemia gerou um comportamento de alta nos preços de diversos produtos agropecuários. Além do seu impacto pelo efeito de desvalorização cambial, a possibilidade de isolamento social, naquele momento, causou picos de demanda, que impulsionaram os preços do arroz, da banana, do café e dos ovos.
Fonte: CNA