No ano passado, a produção de peixes de cativeiro cresceu 15% no País
Incentivos à produção de peixes de cultivo, no Brasil, podem fazer a atividade crescer 10% em 2018. O Paraná é um dos estados produtores que receberam investimentos importantes. A expectativa é de que até o final de março o setor volte a liberar os embarques para a União Europeia, o que deve favorecer o mercado.
A produção de tilápias tem potencial de crescer 15% neste ano, enquanto a de peixes nativos se manterá no mesmo patamar alcançado no ano passado, de 1,8%.
Em 2017, a produção de peixes de cativeiro, no Brasil, cresceu 8% , o equivalente a 691,7 mil toneladas.
“Temos um grande player no Paraná, que entrou no negócio em 2017, que é a C.Vale e veremos o impacto disso em 2018. Ainda temos o início das operações da Tilabras, em Mato Grosso do Sul, o maior projeto do País, e empresas como a GeneSeas, que estão ampliando investimentos”, ressalta o diretor presidente da Associação Brasileira de Pisciculturas (Peixe BR), Francisco Medeiros.
A C.Vale, citada por Medeiros, é uma cooperativa agroindustrial com atuação no Paraná, Santa Catarina, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Rio Grande do Sul e Paraguai. Possui 148 unidades de negócios, mais de 20 mil associados e 9 mil funcionários. Destaca-se na produção de soja, milho, trigo, mandioca, leite, frango, suínos e peixes.
O diretor presidente da Peixe BR afirma que, além da entrada do Mato Grosso na produção de tilápias, peixe que representou 51% da produção brasileira no ano passado, Goiás deve ampliar a produção por não ter falta de água, assim como Tocantins.
“Há alguns movimentos nos principais estados produtores que nos garantem que, mesmo que o Brasil pare, vamos ter esse crescimento”, avalia.
Medeiros afirma que o crescimento previsto para este ano deve se concretizar apesar da indefinição em relação à Secretaria de Aquicultura e Pesca.
A área, que chegou a ter um ministro próprio, foi incorporada pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, em 2015, transferida para o Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços, em 2017 e, aguarda, agora, a publicação de um decreto para ser oficialmente uma secretaria especial da presidência.
A expectativa do setor é de que até o final de março a União Europeia também sinalize positivamente a suspensão da exportação de pescado, ocorrida em janeiro.
*Com informação do Diário do Comércio & Indústria