quarta-feira, 11 de dezembro de 2024

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Produtor confirma ganhos em até 30% com suplementação luminosa

Tags: ganho de produtividade, produtor rural, suplementação luminosa, tecnologia

 

A solução de suplementação luminosa desenvolvida pela Nortel, em parceria com a Signify (Philips), Esalq/USP e Agropecuária Jacarezinho registrou resultados efetivos para os cultivos de milho e soja pelo proprietário da Fazenda Bonança, do grupo Marfrig, no interior de São Paulo, Arnaldo Eijsink. Com a tecnologia, o produtor teve um ganho de produtividade de mais de 20% na soja e 30% no milho, comparando a área testada com as demais sem aplicação.

De acordo com o produtor, qualquer plantio irrigado de grãos está sujeito aos benefícios da tecnologia. “Iniciamos com quatro culturas em 2021. Testamos, já estamos no segundo ano, indo para a terceira colheita e o resultado foi fantástico”, afirma Eijsink.

“Foi um aprendizado ver qual é a melhor luz para ter o máximo possível de aproveitamento e produtividade. Imaginamos uma bateria com energia solar em cima do eixo do pivô para captar energia da bateria e iluminar as plantações no período da noite. Essa tecnologia já é utilizada para a produção de flores”, comenta.

O produtor relembra que, no primeiro ano, foram diversas qualidades e diferentes lâmpadas para descobrir qual delas daria maior produtividade. “Envolvemos a Esalq/USP, por meio da pesquisadora Simone Mello, de Piracicaba, para nos ajudar a desenvolver e fazer uma pesquisa muito bem elaborada. Tivemos resultados muito positivos, uma produtividade de mais de 20% na soja e 30% no milho”.

Ele ressalta que foi um projeto muito bem implementado, desenhado, testado pela Nortel, pela Signify (Philips) e ganhou chancela científica da professora da Esalq/USP, Simone Mello, um dos principais nomes envolvidos na aplicação de luz para suplementação de plantas no Brasil.

Solução de suplementação luminosa acompanhada de perto pelo produtor

Todo esse processo da solução de suplementação luminosa que envolveu as empresas parceiras foi acompanhado de perto pelo produtor Arnaldo Eijsink, que cedeu a área para os experimentos.

“Nosso pessoal media diariamente o crescimento, calculando a produtividade na hora da colheita. A Philips e a Nortel trouxeram lâmpadas do exterior, teve um grande investimento para poder atender às exigências da área de pesquisa”, acrescenta.

“Toda a solução foi muito boa desde o início, bem montada, baseada em tecnologia e experimentação. Não sabíamos qual era a lâmpada mais indicada, entretanto, foram colocadas diversas lâmpadas em lugares distintos. No primeiro momento foi mais um aprendizado e depois descobrimos que o resultado de algumas lâmpadas com luzes especiais produziram mais que outras. Eliminamos, então, as ‘não boas’, selecionamos as mais adequadas e entramos com a área do pivô todo com a luz mais indicada. E aí apareceu um resultado fantástico! A tecnologia foi muito bem desenhada no sentido da garantia dos resultados, validados pela USP, o que dá uma credibilidade grande às informações”, afirma Eijsink.

A instabilidade climática, recorrente no Brasil, também foi apontada pelo produtor como algo que pode ter menor impacto com a aplicação da tecnologia. “Identificamos que quando aumenta a nebulosidade, por exemplo, automaticamente o resultado vai ser diferente. Então a iluminação artificial é boa em condições climáticas favoráveis e vai ser excelente em condições climáticas desfavoráveis anormais”, destaca.

De acordo com Eijsink, trata-se de uma tecnologia que tem grande potencial para crescer. “Ao aumentar a produtividade é preciso melhorar a nutrição da planta, então temos que chamar os nutricionistas para fazer uma adubação adequada para um melhor resultado. Acredito que todo o plantio intensivo ligado a grãos pode ser beneficiado com essa tecnologia, que está alinhada com a demanda do setor produtivo. Isso vai ao encontro da sustentabilidade, que tem uma exigência de aumento de produção em nível mundial por conta da crise alimentar, além da questão de economia de energia também”.

Para a pesquisadora Simone Mello, a aplicação no campo para ser eficaz, precisa ser muito bem implementada e utilizada de forma adequada. “Não é simplesmente instalar a iluminação artificial no pivô central e irrigar a sua lavoura com luz. Temos a entrada e saída dessa luz no período adequado para que realmente o estímulo resulte em aumento de produtividade sem provocar mudanças fenotípicas inadequadas. Dessa forma, o produtor não pode fazer isso de forma aleatória, mas, sim, com todo um suporte técnico da Nortel juntamente com as lâmpadas da Philips”, afirma.

 

 

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