sábado, 07 de setembro de 2024

Fertilizantes

Projeto Potássio Autazes investirá em engenharia sustentável

Tags: amazonas, engenharia sustentável, potássio

 

O agronegócio é um dos setores mais importantes da economia brasileira, que chegou a representar quase um terço do Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil no ano passado, segundo dados do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea) e da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA). Um dos principais insumos do setor vem da mineração: o fertilizante Cloreto de Potássio. E um dos grandes desafios do setor é suprir o potencial de crescimento de sua cadeia produtiva, de modo a atender as demandas doméstica e externa por commodities dos produtos do agronegócio, alimentos processados e biocombustíveis, tendo em vista que cada vez mais o país depende de insumos minerais importados, como os fertilizantes.

Com investimentos em inovação e na melhoria dos processos, o setor de mineração pode ter a resposta para esse desafio. Uma das soluções está vindo do estado do Amazonas, onde a companhia Potássio do Brasil está investindo na engenharia sustentável para extrair e produzir o Cloreto de Potássio – matéria-prima na fabricação de fertilizantes –, no município de Autazes, a 112 Km de Manaus.

Para apresentar o seu empreendimento, o Projeto Potássio Autazes, a empresa estará presente na Expo & Congresso Brasileiro de Mineração (Exposibram) deste ano. O evento será realizado de 12 a 15 de setembro, no Expominas BH, na cidade de Belo Horizonte (MG).

Status da produção brasileira

Atualmente, o Brasil é o segundo maior consumidor de Potássio do mundo, mas cerca de 95% desse insumo consumido no país é importado das principais províncias produtoras mundiais: Canadá, Rússia, Bielorrússia, Alemanha e Israel. De acordo com o Instituto Brasileiro de Mineração (Ibram), o Brasil ocupa a 4ª posição mundial, com cerca de 8% do consumo global de fertilizantes, sendo o Potássio o principal nutriente usado pelos produtores nacionais (38%).

Na balança comercial de produtos minerais, a conta que mais pesa sobre as importações é a de fertilizantes. Em 2020, as compras no exterior de fertilizantes advindos da indústria mineral foram de cerca de US$ 2,9 bilhões, ou 53% do valor total de importações minerais naquele ano. Em 2021, o valor foi de US$ 4,78 bilhões, permanecendo com a fatia de 53% das importações minerais totais, que foi de US$ 9,1 bilhões (IBRAM, 2022).

Mineração sustentável em Autazes

De acordo com Adriano Espeschit, presidente da Potássio do Brasil, o Projeto Potássio Autazes contará com um método de extração da Silvinita, rocha composta de Halita (Cloreto de Sódio, mais conhecido como sal de cozinha) e do fertilizante Silvita (Cloreto de Potássio), que não causará danos ao solo da superfície e nem ao meio ambiente. Toda a operação de extração também será realizada com o método de câmaras e pilares, que consiste na perfuração de poços que chegam a 800 metros de profundidade no subsolo. Para a retirada do minério que está a cerca de 800 metros de profundidade, será necessário a escavação de dois poços profundos por onde o minério, Silvinita, será trazido para a superfície, beneficiado e o Cloreto de Potássio (fertilizante) separado do Cloreto de Sódio (sal de cozinha). O fertilizante será distribuído para o país por meio do transporte em barcaças. Já o Cloreto de Sódio, considerado rejeito, será devolvido à mina no subsolo.

O empreendimento, que atualmente está em fase de licenciamento ambiental, tem vida útil estimada em mais de 23 anos e colocará o estado do Amazonas no ranking de maior produtor do fertilizante no Brasil. Quando atingir a produção anual média de 2,4 milhões de toneladas de Cloreto de Potássio, a oferta deste insumo corresponderá a cerca de 20% do volume consumido no Brasil. Estudos preliminares indicam, entretanto, um potencial de aumento da capacidade de produção, podendo atingir até 45% das necessidades brasileiras.

Na instalação do Projeto Potássio Autazes, não haverá desmatamentos significativos, pois o espaço físico do empreendimento está em uma área que anteriormente abrigava uma fazenda de gado, e que, portanto, encontra-se em estado de pasto, já desmatada antes da chegada da Potássio do Brasil no município. Autazes é conhecido como a “Terra do Leite”, em virtude de sua vocação para criação de gado e produção de leite e seus derivados.

Outro dado importante é que, após o fim da vida útil da mina, a Potássio do Brasil assumiu o compromisso de retirar todas as instalações e reflorestar a área como parte do plano de fechamento da mina. Dessa forma, a companhia garante a conservação do solo e a preservação do meio ambiente, valores que fazem parte dos seus rígidos critérios de Meio Ambiente, Social e de Governança (ESG em inglês).

Sobre a Potássio do Brasil

A Potássio do Brasil é uma empresa brasileira privada, que atua na fabricação de fertilizantes e está presente na região amazônica, desde 2009. Possui investidores brasileiros, ingleses, australianos e canadenses, com perspectivas de atração de mais investidores à medida que o projeto seja construído e entre em operação, a partir da extração e tratamento do minério de Potássio no Amazonas.

 

 

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