O queijo da Colônia Witmarsum, no município paranaense de Palmeira (a 60 km de Curitiba), está entre os cinco novos produtos que conquistaram o certificado de origem, entre o julho de 2017 e junho deste ano, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). A certificação é emitida pelo Instituto Nacional de Propriedade Industrial (Inpi) aos produtos originários de determinada região geográfica e que tenham características únicas.
O documento é providenciado pelo exportador e utilizado pelo importador para a comprovação da origem e que permite ao mesmo obter tratamento preferencial e redução ou isenção de tarifas de importação, quando previstas nos acordos comerciais internacionais.
Além do queijo paranaense, os novos produtos com selo de identificação geográfica são a farinha de mandioca de Cruzeiro do Sul (AC), o guaraná de Maués (AM), as amêndoas de cacau da região do sul da Bahia e o socol (embutido de lombo suíno) de Venda Nova do Imigrante (ES).
Segundo o IBGE, o queijo produzido na Colônia Witmarsum abastece mercados em todo o território nacional. Ao todo, 20 toneladas do laticínio são produzidas por mês.
A fabricação da farinha de mandioca de Cruzeiro do Sul, no Acre, é uma atividade familiar e comunitária, passada de geração em geração, que é reconhecida por sua qualidade, crocância, granulometria uniforme, torra e sabor característico.
O guaraná de Maués, no Amazonas, é uma tradição antiga dos indígenas saterés-maués. O produto tem alto teor de cafeína (de 3% a 5%) e é chamado pelos índios de “elixir de longa vida”.
O socol de Venda Nova do Imigrante, no Espírito Santo, é semelhante ao presunto e feito a partir do lombo de porco. Ele foi introduzido no Brasil por imigrantes italianos por volta da década de 1880.
Por fim, as amêndoas de cacau do sul da Bahia, que é um dos principais centros de produção da fruta, têm um índice de fermentação mínimo de 65%, um aroma natural livre de odores estranhos e um teor de umidade inferior a 8%.
As informações são da Agência Brasil.