Apostar em ambiente político favorável ainda é cedo para um governo que está só começando, mas, o governador Carlos Massa, o Ratinho Junior, acredita nesse importante vetor para o crescimento do agronegócio, bem como na criação de condições para o estado se tornar referência em agtechs, melhorando também a logística de transporte.
O governador participou sexta-feira (22), em Londrina, da festa de lançamento da Exposição Agropecuária e Industrial de Londrina (ExpoLondrina2019). Durante entrevista, Ratinho destacou o momento político paranaense, apesar de toda a instabilidade nacional, mesmo depois das eleições presidenciais.
“O Paraná vive um bom momento porque existe um clima de otimismo na área econômica, mas também uma tranquilidade política. Há mais de 25 anos, o Paraná não tinha um alinhamento dos três senadores com a agenda do estado. Tivemos um encontro com esses senadores, no Palácio Iguaçu, tratando de interesses do Paraná em Brasília. Entendo que essa tranquilidade, automaticamente despertará confiança nos empresários, ajudando a desenvolver o agronegócio paranaense”, afirmou Ratinho Junior.
Para Ratinho, o Paraná tem condições, a médio prazo, de se tornar produtor de tecnologia agro.
“A ideia é fazer com que o Paraná se torne o maior berço de tecnologia para a agricultura no mundo, podendo exportar tecnologia , conhecimento e preparar o estado para essas inovações mundiais. Queremos se tornar competitivos em tecnologia para a área do agronegócio”, destacou o governador.
Apesar do otimismo do governador, se quiser competir mundialmente, o estado também precisa melhorar a logística de transporte.
Londrina, por exemplo, é polo regional com mais de 1 milhão de habitantes e, há vários anos, as lideranças locais reivindicam a realização de obras cruciais para o desenvolvimento, como o Contorno Norte e as duplicações da PR-445 e BR -369, entre outras.
Para se ter uma ideia da importância dessas obras, somente em 2016, Londrina exportou US$ 252,4 milhões de soja, o que representa 38,3% do total exportado. A principal commoditie produzida na região percorre metade do trecho de 485 quilômetros para chegar ao Porto de Paranaguá em pista simples, inclusive parte na PR-445.
Ratinho destacou que o governo está investindo na duplicação do trecho de 20 quilômetros da PR-445 até o distrito de Irerê. Porém, o restante até Mauá da Serra, numa extensão de 80 quilômetros até o entroncamento com a Rodovia do Café, não tem projeto executivo.
“Vou lançar, agora em março, um banco de projetos. A PR-445 é uma prioridade para o nosso governo. Nós montamos um grupo de trabalho para discutir as concessões atuais para se preparar também novas licitações, incluindo outras rodovias nesse pacote, a PR -323, que liga Maringá a Francisco Alves; a PR- 280, que corta o Sudoeste; a PR-092, que é no Norte-Pioneiro. A PR-445 é uma das rodovias que está neste estudo “, afirmou o governador