Com inscrições abertas, o 1º Fórum de Hidrogênio Renovável do Paraná, promovido pelo Governo do Estado e que acontece no dia 3 de maio, no Museu Oscar Niemeyer, em Curitiba, trata de um tema que vem repercutindo cada vez mais nas esferas públicas. A alternativa energética que também é chamado de hidrogênio verde ganhou apoio recente do governo federal, com um Grupo de Trabalho dos ministérios de Minas e Energia e de Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços. O Senado também criou, por iniciativa da Presidência, uma comissão especial para debater e fomentar políticas públicas para o H₂.
O Paraná tem diversas iniciativas em andamento em relação a essa e outras energias renováveis, tendo como atores regionais diversas secretarias de Estado, além da Copel, Sanepar, Invest Paraná, Compagás, além do Parque Tecnológico de Itaipu. “O Paraná se prepara para uma grande política de energias renováveis, que envolve matrizes como o biogás e seus derivados, como o hidrogênio renovável, com ações em licenciamento, de caráter tributário e voltadas a consolidar o Estado como indutor da cadeia”, disse o secretário estadual do Planejamento, Guto Silva. Confira algumas perguntas e respostas sobre o hidrogênio renovável:
Como se chega ao hidrogênio renovável?
O hidrogênio (H₂) é uma matriz energética proveniente do processo da quebra das moléculas ou da água (H₂O) ou do metano (CH₄) e que pode ser conseguido por eletrólise, via energia elétrica, e por outras técnicas. Quando a energia catalisadora desse processo é limpa, aí o hidrogênio produzido pode receber a designação hidrogênio verde.
Quais são os usos mais disseminados desse tipo de energia?
Hoje, esse combustível é usado em maquinários pesados, indústrias como a de siderurgia e em aviões.
O hidrogênio renovável servirá apenas como combustível?
Não. O (H₂) também pode ser usado na cadeia produtiva de fertilizantes considerados renováveis, quando utilizados na produção da amônia e ureia verdes, que funcionam como base para o desenvolvimento daqueles produtos.
Como o Paraná tem se posicionado sobre o tema?
A rota preferencial do hidrogênio renovável no Paraná passa pelo metano, alternativa ao modo mais ‘badalado’ de se conseguir essa molécula, que envolve a eletrólise da água. O metano (CH₄) é produzido na decomposição de material orgânico, dejeto animal e resíduos agroindustriais, e é mais agressivo para efeitos do aquecimento global que o gás carbônico. O uso de resíduos das subestações de tratamento de esgoto na produção do hidrogênio verde e, depois, em eletricidade, também vem sendo foco de estudo, entre outras iniciativas.
Quais são hoje os desafios da produção dessa energia?
Entre os desafios está a criação de uma política para fomentar a produção de hidrogênio renovável de forma economicamente viável, contribuindo para a transição energética e potencializando o crescimento econômico e o emprego com impacto local e global.
Quais são os primeiros passos para criar uma cadeia sustentável?
A modelagem do negócio (estruturação da cadeia) é vista, neste momento, como um dos pontos principais relacionados ao encaminhamento da cadeia produtiva, seguido do estabelecimento de uma estrutura de geração da energia, armazenamento, comercialização/distribuição e transmissão. O mapeamento da cadeia e de possíveis conexões abrirá espaço para o fomento de parcerias que façam sentido dentro de um possível elo produtivo e de desonerações na cadeia.
Para quem é indicado o Fórum?
O público-alvo do fórum são formuladores de políticas públicas, indústria, academia e interessados na temática. Serão apresentados painéis, haverá o lançamento do NAPI (Novo Arranjo de Pesquisa e Inovação) de Hidrogênio Renovável do Paraná e a Assinatura da Política Estadual de Hidrogênio Renovável do Paraná.
SERVIÇO
Data: 3 de maio (quarta-feira)
Horário: das 9h às 18h
Modalidade: presencial
Valor da inscrição: gratuito
Local: Museu Oscar Niemeyer (MON) – Auditório Poty Lazzarotto – Rua Marechal Hermes, 999 Centro Cívico – Curitiba
Fonte: AEN