sábado, 07 de setembro de 2024

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Seca reduz produção de leite no Paraná

produção de leite
Tags: agronegócio, feijão, leite, milho

A produção leiteira paranaense diminuiu nos últimos dias. Entre as principais causas estão a estiagem, que prejudicou pastagens já implantadas e o plantio de novas, e os custos crescentes da atividade. A análise é do Boletim de Conjuntura Agropecuária, do Departamento de Economia Rural (Deral).

O Paraná vive uma situação de falta de chuvas, há quase 60 dias. Com isso, muitas propriedades precisaram adaptar bebedouros ou buscar água fora. Tão grave quanto essa situação, é a das pastagens em péssimas condições em algumas bacias leiteiras, como a do Sudoeste e do Oeste. Com menos oferta de alimento, a produção se reduz.

Aliado a isso, o atual período é de transição de pastagens. As forrageiras de verão estão em fase final e começa o plantio das espécies de inverno: aveia e azevém. Entretanto, a seca impossibilitou a semeadura na época mais propícia, que seria até o início deste mês, prevendo-se que a falta de alimentação pode persistir.

Mas as dificuldades do produtor não se restringem às pastagens. As lavouras de milho safrinha destinadas à produção de silagem foram igualmente prejudicadas pela estiagem e muitas não poderão ser usadas para alimentar o rebanho. Com isso, a dieta deverá ser de produtos com preço em alta no mercado, como milho e soja, o que acarreta aumento no custo de produção do leite e desistência de alguns produtores.

Como em outras atividades, também na agropecuária o uso de tecnologias garante uma condição mais confortável. É o que acontece com produtores de leite da região centro-oriental do Estado, onde estão municípios como Palmeira, Ponta Grossa e Castro. Ali, a dependência de pastejo é menor e os produtores trabalham com alimentação estocada de boa qualidade e produzida na propriedade, ajudando a reduzir custos e ter menos problemas com a produção. Há relatos pontuais de perda de menos de 5%. Nessa região, a dificuldade atual é o atraso no plantio das forragens de inverno.

Feijão, milho e trigo

O boletim retrata também a situação da cultura de feijão no Paraná, que igualmente sofre as consequências de adversidades climáticas. Da produção inicial projetada para a segunda safra de 491 mil toneladas, estima-se redução de, pelo menos, 93 mil toneladas, segundo levantamento do final de abril.

O milho é outra cultura que tem sentido o problema hídrico. A segunda safra 2020/21 continua apresentando piora nas condições de lavoura. Da área estimada em 2,5 milhões de hectares, 25% estão em boas condições, enquanto 45% apresentam situação mediana e 30%, ruim. Espera-se que as chuvas desta semana, ainda que poucas, possam minorar as perdas.

Sobre o trigo, o documento fala da importação de 2,2 milhões de toneladas pelo Brasil no primeiro quadrimestre de 2021. Grande produtor do cereal, o Paraná também está importando e é responsável por 7% do que entrou no País. Para o Estado, as principais regiões de origem são a Argentina e o Paraguai.

Outros produtos

O boletim registra, ainda, as previsões divulgadas nesta semana para uma safra brasileira de 135,41 milhões de toneladas de soja no período 2020/21, também afetada pela seca. Ao tratar da fruticultura, o documento faz considerações sobre o Zoneamento Agrícola de Risco Climático (Zarc), que foi adotado como política pública desde 1996.

A avicultura também é destaque, sobretudo em razão de a Arábia Saudita ter anunciado, nesta semana, a suspensão de importação de carne de frango de 11 plantas frigoríficas brasileiras, três delas instaladas no Paraná. De forma unilateral, os sauditas alegaram que ultrapassaram limites e padrões microbiológicos estabelecidos em regulamento.

Fonte: AEN

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