sábado, 27 de julho de 2024

Alimento

Semana mundial de segurança alimentar alerta para perdas de grãos

Tags: deficit de armazenagem, ONU, perda de grãos, pragas

O desperdício de grãos na cadeia de produção e distribuição é um dos grandes obstáculos para a segurança alimentar no mundo. Para despertar a conscientização sobre este tema, a Assembleia Geral das Nações Unidas (ONU) criou em 2018 o Dia Mundial da Segurança Alimentar, celebrado durante toda esta semana, com o objetivo de chamar a atenção e inspirar ações que ajudem a prevenir e detectar riscos de origem alimentar.

Neste ano, o tema escolhido pela Organização das Nações Unidas para a Alimentação e Agricultura (FAO/OMS) foi “Padrões alimentares salvam vidas”, um alerta para que produtores rurais e a indústria adotem padrões de segurança de alimentos ao longo da cadeia produtiva.

O teor de umidade dos grãos acima dos índices preconizados pelo Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa), as pragas ocorridas na lavoura e o déficit de armazenagem são os principais problemas que contribuem para a perda de grãos. Só para ter ideia, na safra recorde de grãos de 2022/2023 o déficit da capacidade de armazenagem de grãos ultrapassou 118 milhões de toneladas, conforme estimativa da Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos (Abimaq). Estima-se que no Brasil cerca de 20% de toda colheita seja perdida devido a esses problemas.

O teor de umidade é determinante no ataque de fungos, responsáveis pela formação de bolor e mofo, o que causa fermentação dos grãos, resultando em grandes perdas. “O problema com os fungos acontece de forma mais acentuada durante o período de armazenamento, por isso é importante que os grãos passem por um processo de secagem, para que sejam guardados com a umidade devidamente controlada”, enfatiza o engenheiro agrônomo Roney Smolareck, da Loc Solution, empresa paranaense detentora da marca Motomco de medidores de umidade de grãos.

Segundo ele, a umidade tem sido causa de preocupação entre muitos produtores rurais, especialmente na fase de estocagem de grãos. “Normalmente, a boa colheita determina o sucesso de uma safra, mas o produtor precisa estar atento às condições do grão na hora de entregá-lo ao comprador final”, afirma o engenheiro agrônomo, acrescentando que para o armazenamento adequado, o teor de umidade dos grãos não deve ser maior do que 13% ou menor do que 12%,.

“Há situações em que os grãos têm que ser guardados em armazéns até a finalização do processo de comercialização e, essas transações podem durar meses. Daí a necessidade da conservação dos grãos com todas as suas características e qualidades”, afirma Smolareck,

Aprosoja-MS – Em alguns estados agrícolas, como o Mato Grosso do Sul, a capacidade estática de armazenagem está abaixo da produção gerada. Nos últimos cinco anos, a média anual de volume de grãos no estado foi de 20 milhões de toneladas. No entanto, a capacidade apontada pelo projeto SIGA-MS no ano de 2021 é de 10,9 milhões de toneladas, resultando em um volume remanescente de 11 milhões de toneladas.

De acordo com a análise da oferta e demanda realizada pela Aprosoja-MS no estado, na safra 2021/2022, o consumo interno de soja e milho atingiu 6,252 milhões de toneladas, enquanto as exportações interestadual e internacional totalizaram 15,6 milhões de toneladas. Esses dados demonstram que o armazenamento dos grãos para o consumo interno é suficiente. No entanto, quando os produtores desejam armazenar seus grãos para vendê-los em um momento mais favorável, a capacidade de estocagem se mostra insuficiente, o que obriga os produtores a comercializá-los o mais rápido possível devido à baixa capacidade estática.

O fomento deste setor é importante, pois permite que os produtores comercializem seus produtos em um momento mais oportuno em termos de preços. Quando a soja ou o milho são adequadamente estocados, eles podem ser armazenados por até um ano.

Moageira Irati- O gerente de armazém da Moageira Irati Cereais, no Paraná, Élcio Batista Martins, conta que a cada safra passam pelo silos da moageira em torno de 120 mil toneladas de grãos, sendo 60 mil toneladas de soja, 35 mil toneladas de trigo e o restante em milho.

Após receber os grãos, antes de seguir para o armazenamento, é recomendado que eles estejam limpos, livres de impurezas, restos culturais e doenças. “Muitos produtores colhem a soja ainda úmida por conta do clima. Recebemos em nossas unidades, grãos com umidade alta, principalmente os de soja e milho, sendo necessário realizar a secagem artificial”, afirma.

Loc Solution: A Loc Solution é uma empresa com sede em Curitiba, detentora da marca Motomco de medidores de umidade dos grãos. A empresa fabrica, comercializa e aluga os equipamentos, sendo referência em várias regiões agrícolas do País. De origem canadense, a marca Motomco é líder nacional no segmento de medidores de umidade de grãos. Mais informações motomco.com.br

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