A infestação de plantas daninhas é uma das principais problemáticas da agricultura moderna. Uma série de fatores contribui para a disseminação de plantas de difícil controle, aumentando o custo de produção e reduzindo a produtividades na lavoura. As inovações que existem ou que estão em pesquisa para o manejo de plantas daninhas envolvem sensores, robôs, nanotecnologia, ferramentas moleculares como o RNA de interferência e os clássicos herbicidas e formação de palhada.
Para falar sobre as inovações , o professor do curso de Agronomia da Universidade Estadual de Londrina, Giliardi Dalazen, proferiu palestra no Seminário Agroinovatec realizado durante a Expo Japão neste final de semana, em Londrina. Ele citou inovações que abordam o uso de herbicidas e outras relacionadas ao controle sem uso de herbicidas. De certa forma, segundo ele, todas elas estão relacionadas à preocupação que existe com a resistência de plantas daninhas a herbicidas.
“O que tem hoje e o que ainda está sendo pesquisado está distante de chegar ao campo, mas são possibilidades”, diz Dalazen. Hoje, segundo ele, o que já existe são aspectos relacionados à biotecnologia, as culturas transgênicas com novos eventos. Dentro deste cenário para herbicidas já existentes, os não seletivos para determinadas culturas passam a ser seletivos por transgenia.
Entre as inovações tecnológicas, Dalazen mencionou a utilização de robótica e de sensores autônomos e não autônomos, que podem identificar a planta daninha e fazer a remoção sem a necessidade, muitas vezes, da presença de um operador. “O uso de sensores pode trazer uma economia de até 80% nas aplicações de herbicidas, o que gera um impacto ambiental positivo muito grande”, diz o agrônomo.
As novas formulações usando a nanotecnologia além de outras ferramentas mais distantes como o uso de moleculares como o RNA de interferência que estão em teste em outros países, também poderão ser uma realidade aos produtores brasileiros a médio e longo prazo.
“São inovações que existem, mas estão em fases diferentes de disponibilidade aos produtores. Algumas já estão no mercado, como o uso de sensores, que identificam o local e despejam o jato de herbicida só onde tem a planta daninha. Os sensores leem o que é verde e põe o spray com herbicida somente onde tem a planta”, explica Giliardi Dalazen, acrescentando que em relação à robótica, há muitos estudos ainda o que o torna caro e de difícil acesso aos produtores. Além de eliminar a praga, o robô reduzirá drasticamente a quantidade de herbicida necessária para pulverizar uma determinada área.
