As exportações brasileiras de carne de frango vêm registrando desempenho recorde ao longo deste ano – o volume embarcado no primeiro semestre foi o mais alto para o período. Pesquisadores do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (CEPEA-Esalq/USP) indicam que isso se deve à aquecida demanda internacional pela carne brasileira, tendo em vista o conflito na Ucrânia, importante fornecedora mundial da proteína, e casos de influenza aviária no Hemisfério Norte, que limitaram a oferta global do produto de origem avícola. As vendas externas aquecidas, por sua vez, têm limitado a disponibilidade interna da carne de frango e feito com que o setor busque elevar o volume de produção. Segundo pesquisadores do Cepea, esse fato é evidenciado pelas aquecidas demandas por lotes de frango vivo para abate e por novos pintainhos para alojamento. Na ponta inicial da cadeia, colaboradores do Cepea indicam que a procura por pintainhos de um dia está tão intensa que há registros de falta de produto em muitas regiões.
Suínos
A demanda por carne suína está um pouco maior nesta primeira quinzena de julho. Segundo pesquisadores do Cepea, além do típico aquecimento da procura em começo de mês, as temperaturas mais baixas e eventos festivos desta época do ano favoreceram o consumo da proteína. Diante disso, a carcaça especial suína registra média de R$ 9,90/kg (até o dia 12 de julho), elevação de 5,6% frente à de junho. Quanto aos preços das carnes concorrentes, de frango e bovina, o movimento também foi de alta, mas de forma menos intensa, contexto que reduziu a competitividade da carne suína. Ressalta-se que o aumento na distância entre o preço médio da carne suína em relação à de frango e a diminuição da diferença frente à proteína bovina evidenciam a perda de competitividade do produto suinícola.
Fonte: CEPEA-Esalq/USP