Entidades do agronegócio do Paraná receberam com espanto e preocupação a notícia sobre o envio de diversos projetos elaborados pelo Governo do Estado à Assembleia Legislativa do Paraná, em regime de urgência, que interferem diretamente na economia de todo o estado paranaense.
A Federação da Agricultura do Estado do Paraná (FAEP) e Sociedade Rural do Paraná (SRP) se posicionaram contrárias ao Projeto de Lei que acaba taxando os produtores rurais do Paraná.
De acordo com nota de repúdio divulgada pela da FAEP, a realidade no campo exige respeito e cautela, não pensando em mais custos e sim procurando estímulos para a produção e apoio aos produtores rurais.
Em nenhum momento o setor foi ouvido, gerando ainda mais surpresas. Estudo preliminar aponta que o custo total ficaria entre R$ 1.5 e R$ 2 bilhões, diz a nota.
Pedimos que, nesse momento, os produtores rurais procurem os deputados estaduais e reforcem o pedido para que tal projeto de Lei não seja aprovado, orienta a nota assinada por Ágide Meneguette.
Igualmente, a SRP repudia a atitude do governo. Entre as propostas está a criação do Fundo Estadual de Infraestrutura e Logística, que prevê aumento de arrecadação às custas de taxação na produção agrícola do estado, além da criação de mais nove secretarias, quase 500 novos cargos comissionados e aumento do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS).
Com a força da agropecuária, vimos recentemente o Paraná se tornar a quarta maior economia do Brasil. Porém, agora, somos submetidos, sem qualquer tentativa de diálogo, a propostas que serão trampolim para desestimular a produção no estado, além de enfraquecer o homem do campo.
Para a SRP, “tais medidas nos deixam perplexos e provocam o regresso de avanços conquistados com muito suor até aqui. Trabalhamos diante de um cenário que ainda sofre pelos rastros causados pela pandemia da Covid-19. Enxugar a máquina pública, construir ações e projetos que promovam amparo e desenvolvimento dos setores é o que se espera de nossos governantes. Por isso, pedimos que o Poder Executivo do Estado reveja o pacote de desvantagens enviado à ALEP”.
A nota segue afirmando “dos nossos deputados, esperamos que votem contra o pacote de medidas e não compactuem com tamanho retrocesso do Paraná”.