segunda-feira, 16 de setembro de 2024

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Surtos de gafanhotos são monitorados no Rio Grande do Sul e Argentina

Tags: gafanhotos;, nuvens de gafanhotos

A Secretaria da Agricultura, Pecuária e Desenvolvimento Rural (Seapdr) iniciou, nesta segunda-feira (30), investigação sobre surtos de gafanhotos na região Noroeste do Estado do Rio Grande do Sul. As informações de ocorrência partiram dos produtores, sindicatos rurais e entidades da região.

“Estamos averiguando a situação, mas, segundo as informações obtidas, não se tratam de gafanhotos migratórios da espécie Schistocerca cancellata. A ocorrência de surtos de gafanhotos de diversas espécies é esperada devido às condições climáticas e a época do ano”, tranquiliza o agrônomo Ricardo Felicetti, chefe da Divisão de Defesa Sanitária Vegetal da Seapdr.

Conforme Felicetti, os levantamentos preliminares indicam infestações descentralizadas, não passíveis de formação de nuvens. A suspeita é que se trata de uma espécie endêmica e comum. “A preocupação maior é a ocorrência de surtos de S. cancellata, já que o potencial de infestação e danos é maior. Há equipes diligenciando a região para o monitoramento e orientação aos produtores. A secretaria está avaliando as medidas necessárias de resposta, havendo necessidade”, explica.

Argentina

Desde a última sexta-feira (27), a Argentina também faz o monitoramento de nova nuvem de gafanhotos próximo a divisa com o Rio Grande do Sul. De acordo com levantamentos realizados pelo Serviço Nacional de Saúde e Qualidade Agroalimentar (Senasa), os surtos de gafanhotos foram observados nos municípios de Campo Viera e Itacaruaré (província de Misiones), nas divisas com as cidades brasileiras de Rincão Vermelho e Porto Xavier, no Rio Grande do Sul.

As tarefas realizadas pelos agentes do Centro Regional Corrientes-Misiones do órgão nacional detectaram gafanhotos, principalmente do gênero Zoniopoda (Tucura) e da espécie Chromacris speciosa, ou seja, não é a lagosta sul-americana (Schistocerca cancellata), espécie praga para a qual persiste uma emergência regional e que esteve presente este ano na província de Corrientes.

Até o momento, esses insetos foram observados em três fazendas no município de Campo Viera e em uma em Itacaruaré, sem relato de grandes danos às ervas daninhas, sendo detectados, fundamentalmente, em plantas daninhas e árvores de grande porte em que se registrou alimentação, relatou Senasa.

Características

A espécie com maior densidade corresponde a Zoniopoda tarsata, categorizada como uma praga ocasional de importância local e que foi previamente registada na província de Misiones. Seu comportamento gregário permite observar numerosos grupos de insetos em certas áreas, mas sua capacidade de movimento não tem comparação com as mangas de lagosta migratória.

É uma espécie normalmente detectada pela Senasa em ações de monitoramento de gafanhotos no Noroeste da Argentina. A praga costuma estar associada à vegetação espontânea, com registros de danos ao fumo e à alfafa, portanto, ao detectar a praga, é importante consultar profissionais das ciências agronômicas que poderão determinar se vale a pena implementar ações de controle para proteção das lavouras, de acordo com o atendimento à legislação em vigor.

Canais de comunicação de surtos no Rio Grande do Sul

Informações de surtos devem ser encaminhadas à Seapdr, por meio dos canais de comunicação listados abaixo, ou à rede de vigilância, composta pelas inspetorias e escritórios de defesa agropecuária da secretaria e os escritórios municipais da Emater/RS-Ascar.

WhatsApp: (51) 8412-9961
E-mail: [email protected]
Atendimento DDSV: (51) 3288-6289 e 3288-6294

Fonte: Seapdr e Senasa-Argentina

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