Os agricultores paranaenses deram início para o plantio das lavouras de 2ª safra. Para o feijão, cerca de 20% da área já está semeada. Para o milho, o percentual é menor, mas chega a 14%, segundo Progresso de Safra, divulgado pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab). O início do cultivo ocorre em boas e regulares condições para as lavouras, como revela o 5º Levantamento da Safra de Grãos 2021/22, publicado pela estatal.
Ainda de acordo com o 5º Boletim, as condições climáticas melhoraram no mês de janeiro, com chuvas abrangendo todo o estado do Paraná. Os plantios das culturas de 2ª safra e parte das áreas da 1ª foram beneficiadas com esse clima mais favorável. “No entanto, no caso dos cultivos de 1ª safra, essas chuvas poderão ser benéficas somente para as culturas que tiveram plantios mais tardios, concentradas principalmente em algumas regiões da parte leste paranaense”, explica o gerente de Avaliação de Safras, Rafael Fogaça.
A produção total no estado deverá chegar a 33,47 milhões de toneladas, uma ligeira queda de 1,4% em relação à safra anterior. Principal grão cultivado no estado, a soja deverá apresentar redução de 34,4% no volume total colhido, atualmente estimado em cerca de 13 milhões de toneladas. A colheita da oleaginosa já atingiu 11% da área semeada.
Outra importante cultura, o milho deve apresentar uma recuperação de 63,5% na produção, com estimativa de resultado total na ordem de 15,7 milhões de toneladas. Na primeira safra do cereal, as condições climáticas adversas impactaram a produtividade e a produção deve ser de 2,7 milhões de toneladas, redução de 13,5%. Já para a segunda safra do grão, a expectativa é que a colheita dobre, saindo de cerca de 6,5 milhões de toneladas para 13 milhões de toneladas. “A melhora do desempenho, se deve ao fato de no ciclo passado o plantio ter ocorrido fora da janela ideal e a produtividade ter sido impactada por diversas adversidades climáticas”, pondera Fogaça.
Para a primeira safra do feijão, a Conab estima uma queda de 25,2% na produção quando comparada com a temporada anterior, podendo chegar a 190,4 mil toneladas. Volume que pode ser recuperado na 2ª safra da leguminosa. A expectativa é que nesse segundo período a colheita chegue a 371,3 mil toneladas, aumento de 33,1% em relação ao ciclo 2020/21.
Em relação ao mercado para esses grãos, o cenário se apresenta bastante favorável. O preço médio mensal praticado para a soja em janeiro foi de R$ 167,35 a saca de 60 kg, e na última semana do mês a cotação média pesquisada pela Conab estava em R$170,33. O milho também teve incremento de 9,82% em relação a dezembro do ano passado, e o preço médio mensal chegou a R$ 89,72 a saca de 60 quilos. Situação semelhante registrada para o feijão, que registrou médias mensais em torno de R$ 273,00 para o feijão cores e R$280,00, para o feijão preto, a saca de 60 kg.
Fonte: Conab