quarta-feira, 18 de setembro de 2024

Milho

Testes de produtividade mostram potencial de híbridos e variedades

 

Uma das tradições do Show Rural Coopavel, que há 32 anos se consolida como um dos maiores e mais dinâmicos eventos de disseminação de tecnologias agropecuárias do mundo, são os testes de produtividade de híbridos de milho e variedades de soja. Os números mais recentes da testagem, que acabam de ser oficialmente divulgados pela Revista do Show Rural Coopavel,  acentuam a importância das pesquisas e de eventos de disseminação desses conhecimentos.

As médias alcançadas no Show Rural Coopavel comprovam o quanto o agronegócio, por meio de suas principais commodities, avançam ao longo dos anos, ressalta o presidente da cooperativa Dilvo Grolli. No milho, a média chegou a 18,7 mil quilos por hectare, enquanto que no Oeste do Paraná ela é de 11 mil quilos e no Brasil de 6 mil quilos. Já na soja, a média na mais recente edição do evento, de 3 a 7 de fevereiro, foi de 5,8 mil quilos, contra a média regional de 3,7 mil quilos e nacional de 3,2 mil quilos.

“São números expressivos e que mostram o quanto ainda é possível avançar”, observa Dilvo. Entretanto, os campeões nos testes de produtividade da 32ª edição do Show Rural Coopavel apresentaram performances ainda mais expressivas. O híbrido de primeira época de melhor desempenho foi o P 3016 VYHR, com 322,20 sacas por hectare, o que corresponde a 19.332 quilos. Por sua vez, a variedade de soja campeã, também de cultivo de primeira época, foi a RK 6719 IPRO, com 125,26 sacas por hectare, chegando então a 7.515 quilos.

Referência

Segundo o engenheiro agrônomo Rogério Rizzardi, coordenador geral do Show Rural, o objetivo dos testes é informar sobre a produtividade dos materiais disponibilizados por empresas parceiras da Coopavel e então os resultados viram referências aos agricultores de Cascavel e de outros municípios do Oeste e Sudoeste do Paraná. Diversos cuidados são observados para que os resultados sejam os melhores e os mais justos possíveis. A tecnologia e os tratos culturais empregados são os mesmos em todas as parcelas destinadas à testagem, com perfil de solo bem preparado para receber as sementes.

“No geral, as condições que usamos são com custos parecidos com o que boa parte dos produtores rurais dos municípios do nosso entorno têm. Porém, no Show Rural, procura-se ajustar o máximo possível as exigências no equilíbrio nutricional que cada cultura requer para altas produtividades, além dos cuidados na construção de um perfil de solo o mais adequado possível”, diz o responsável pela área técnica do Show Rural, Pedro Todero.

Com essas medidas então os números alcançados no experimento poderão, caso todas elas sejam rigorosamente observadas e implementadas, ser muito próximos. Rizzardi informa que o preparo do solo, no Show Rural Coopavel, é feito com absoluta transparência. Conforme ele, os anos permitiram aperfeiçoar o trabalho e as condições ideais hoje observadas garantem aos materiais disponibilizados revelar o máximo de seu potencial.

Todas as etapas da testagem, do início do preparo do solo à tabulação final dos números depois da colheita, são zelosamente seguidas. “Os agricultores ficam atentos aos resultados, porque os números apurados e divulgados poderão determinar que variedades ou híbridos comprar para os seus próximos plantios. E para as empresas os indicadores apurados são igualmente significativos. Algumas chegam a divulgar os resultados em materiais próprios de divulgação e até em campanhas para promover as suas sementes”, segundo Rogério Rizzardi.

Os testes mostram também, com o passar dos anos, o quanto a inovação e a pesquisa ditam as regras em um negócio que movimenta cifras enormes. É incrível, segundo Rizzardi, perceber que em 30 anos de Show Rural Coopavel a produtividade de cultivos de soja e milho na região aumentaram em mais de 200%. “O número, sem dúvida, é surpreendente, mas a tecnologia mostra que há ainda fôlego para muito mais”. Na mais recente safra de soja, um bom número de agricultores ligados à cooperativa alcançou produtividade acima das 200 sacas por alqueire. Todavia, a vencedora da testagem deste ano ultrapassou as 303,13 sacas por alqueire, demonstrando quanto espaço há ainda para crescer.

 

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