segunda-feira, 16 de setembro de 2024

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Unioeste e Biocamp viabilizam controle biológico do percevejo-marrom

Tags: biotecnologia, percevejo-marrom, soja

O Projeto de pesquisa desenvolvido no Laboratório de Biotecnologia Agrícola (Labiotec), da Universidade Estadual do Oeste do Paraná (Unioeste), campus de Cascavel, selecionou o fungo Beauveria bassiana 76 como o mais ativo contra ninfas e adultos do percevejo-marrom-da-soja. Alguns isolados de fungos se mostraram eficazes (chamados fungos entomopatogênicos), causando níveis elevados de mortalidade de percevejos em laboratório.

A partir de uma série de experimentos em laboratório, e posteriormente em casa-de-vegetação e em campo, na safra 2020-2021, foram observados resultados positivos, que encorajaram a celebração de uma parceria com a empresa Biocamp Laboratórios, de Campinas, para viabilizar um produto comercial a partir do projeto.

“Estamos muito animados, pois da parte da empresa, há o interesse em viabilizar em um futuro não muito distante, um produto comercial à base desse isolado de fungo. Para isso, além do acesso legal ao isolado da nossa coleção, formalizou-se a parceria entre a Biocamp e Labiotec/Unioeste, com o objetivo de validar a pesquisa em campo, contando com financiamento da empresa”, explica o professor Luis Angeli Alves, responsável pela pesquisa.

Dentre as atividades, busca-se avaliar a compatibilidade de produtos fitossanitários e o fungo, a ação do fungo contra inimigos naturais e outros percevejos da soja, a proteção da formulação contra a radiação ultravioleta, e ainda testar diferentes formas de se estabelecer o contato do inseto com o fungo.

“Em campo, vamos testar contra populações infestantes e em diferentes estágios de desenvolvimento da planta, nas safras de 2021-22 e 2022-23”, comenta Luis.

Percevejo-marrom

O percevejo-marrom Euschistus heros (F.) é uma das principais pragas da cultura da soja, nas principais regiões produtoras do Brasil. Ataca e danifica as vagens, atingindo o grão, afetando a produtividade e qualidade do produto, o que reduz seu valor comercial.

Os inseticidas químicos de amplo espectro de ação são utilizados de forma intensiva, sendo a tática mais utilizada para o seu controle. Mas são cada vez mais frequentes problemas ambientais e de saúde e ainda o registro de populações de percevejos resistentes a esses ingredientes ativos.

Diante dessa situação, são buscadas alternativas baseadas em métodos mais seguros e eficazes. Nos últimos anos o controle biológico tem sido estudado intensivamente visando sua reinserção no contexto do controle do percevejo.

A equipe de pesquisa conta com alunos de graduação em Ciências Biológicas e do Programa de Pós-graduação em Conservação e Manejo de Recursos Naturais, vinculados ao Labiotec, também em parceria com o grupo de pesquisa da Unioeste, campus Marechal Cândido Rondon.

Fonte: Agência Estadual de Notícias

 

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Paraná suspende queima controlada no campo - Conexão Agro
Coluna 205 - Paraná suspende queima controlada no campo
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