Foi publicado ontem (25) Decreto 10. 605 que cria o grupo de trabalho interministerial responsável pela elaboração do Plano Nacional de Fertilizantes. O plano tem o objetivo de aumentar a produção e oferta de fertilizantes nacionais (adubos, corretivos, condicionadores), além de reduzir a dependência dos produtos importados e ampliar a competitividade do agronegócio no mercado internacional.
Um levantamento feito pelo Instituto para o Fortalecimento da Agropecuária em Goiás (Ifag) aponta que fertilizantes e defensivos compõem praticamente metade dos custos de produção da soja, por exemplo. Segundo o secretário de Política Agrícola do Mapa, César Halum, o País importa cerca de 60% dos fertilizantes utilizados na produção agrícola. “É preciso fortalecer a produção [desses insumos] dentro do Brasil”, destaca.
O grupo é formado por representantes da Secretaria Especial de Assuntos Estratégicos da Presidência da República, Casa Civil e dos ministérios da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Economia, Infraestrutura, Minas e Energia, Meio Ambiente e Ciência, Tecnologia e Inovações, além da Embrapa, Gabinete de Segurança Institucional e Advocacia-Geral da União. A secretaria executiva ficará a cargo da Secretaria Especial de Assuntos Estratégicos.
Os encontros serão realizados presencialmente ou via videoconferência a cada 15 dias. O grupo deve durar 120 dias a partir da primeira reunião. O prazo pode ser prorrogado pelo mesmo período. Ao final do prazo, o Plano Nacional de Fertilizantes será encaminhado ao Secretário Especial de Assuntos Estratégicos da Presidência da República.
Importação
De acordo com os dados do Boletim Logístico, publicado pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), só as importações de adubos e fertilizantes pelo estado de Mato Grosso registraram um aumento de 10,2% de janeiro a novembro do ano passado, somando cerca de 5,4 milhões de toneladas. O volume representa um aumento de 531 mil toneladas sobre o mesmo período de 2019, quando foram registradas a aquisição de 4,9 milhões de toneladas.
O maior volume desembarcado ocorreu nos portos de Santos/SP e Paranaguá/PR, que registraram o recebimento de aproximadamente 2 milhões de toneladas e 1,5 milhões de toneladas de insumos respectivamente. Juntos, os dois portos são responsáveis por 65% do total parcial de produtos adquiridos neste ano, ampliando em 5 pontos percentuais a representatividade no recebimento dos adubos e fertilizantes comprados.
Fontes: Mapa e Conab
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