quarta-feira, 18 de setembro de 2024

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Frio deve voltar na terça-feira ao Paraná, Andes tem menor cobertura de neve em 50 anos

inverno
Tags: agronegócio, café, clima, Cooperativismo

Na terça-feira, o ar frio volta a se intensificar sobre as Regiões Sudoeste, Sul e centro-sul do Paraná. De acordo com o Sistema Tecnologia e Monitoramento Ambiental do Paraná (Simepar), há condições para ocorrência de geadas fracas nos diversos municípios dessas localidades. Nos Campos Gerais e Região Metropolitana de Curitiba e microrregião de Cascavel, faz frio ao amanhecer, porém, não há previsão da formação de geadas. Na microrregião de Telêmaco Borba há previsão de geada fraca nos fundos de vales.

Recorde

O Paraná registrou recordes de temperatura baixa em julho. Nos últimos dias do mês, o tempo foi marcado pelo predomínio de uma intensa massa de ar frio e seco. Nesta onda de ar frio, período de 27 a 31 de julho, foram registradas temperaturas negativas em 36 municípios de todas as regiões paranaenses.
Em várias cidades das Regiões Oeste, Sudoeste, Sul, Centro e Campos Gerais foram 3 dias seguidos com temperaturas negativas. Os menores valores ocorrem em Guarapuava e Ponta Grossa, -4,3 °C, Cascavel, -4,1 °C, Palmas -5,4 °C e General Carneiro (INMET), -7,3 °C. Em Curitiba a menor temperatura foi de -0,8 °C, 30, porém, não houve quebra de recorde histórico, -2,6 °C em 17 de julho de 2000.

Em relação ao comportamento histórico de julho, foram 9 municípios que registraram quebras de recordes, figura e tabela abaixo.

Menor cobertura de nove em 50 anos nos Andes

Enquanto cidades do Sul do Brasil se cobriam de branco com uma nevada histórica, as pistas de esqui dos principais resorts da Argentina fechavam no auge do inverno por falta de neve

O Rio Grande do Sul teve a segunda maior nevada em intensidade e abrangência deste século até agora na última quarta-feira e no começo da quinta, o que cobriu de branco as cidades de maior altitude da Serra, dos Campos de Cima da Serra e até pontos do Planalto Médio, como na região de Soledade. A nevada trouxe cenas insólitas como Cambará do Sul nevada vista do céu como se fosse cidade de outro país.

Ocorre que, na mesma hora em que nevava forte com acumulação no Rio Grande do Sul e em alguns pontos de Santa Catarina no final da última semana, temperatura alta e falta de neve obrigavam o fechamento de pistas de algumas das principais estações de esqui da América do Sul e destino de muitos turistas brasileiros no inverno antes do fechamento das fronteiras.

Diretoria-Geral de Indústria de Defesa e Espacial da Comissão Européia liberou imagens comparativas do satélite Copernicus Sentinel-3 da cobertura de neve na Cordilheira dos Andes, entre julho de 2020 e julho de 2021. A quantidade de neve acumulada na cordilheira em 2021 é muito inferior a do ano passado e, de acordo a análise, é a menor dos últimos 50 anos em alguns locais do lado argentino da cadeia montanhosa.

O Cerro Catedral, por exemplo, anunciou temporariamente o fechamento das pistas do terço superior da montanha no final da semana passada para preservar a neve que restava na parte alta. Em Mendoza, apesar de ter havido uma forte nevada no mês de junho, não houve praticamente nevadas durante o mês de julho.

A mais famosa estação de Mendoza, a de Las Leñas, tinha anunciado a abertura de atividades para o dia 9 de julho, mas desde então a neve foi escassa. Em Cerro Chapelco, o centro de esqui quase não funcionou e não há neve para os turistas.

Como pode ter nevado tanto no Sul do Brasil sem nevar na cordilheira? A explicação está na trajetória da massa de ar polar intensa que chegou ao Sul do Brasil. Ela não avançou a partir do Chile e sim do Leste da Argentina com uma área de baixa pressão que moveu-se de Sul para Norte pelo Leste argentino com ar extremamente gelado.

A bolha de ar extremamente frio atingiu inicialmente a província de Buenos Aires e, na sequência, avançou para o Uruguai e o Sul do Brasil, rumando pelo interior do continente até o Paraguai, o Norte da Argentina e o Centro-Oeste do Brasil. O ar frio, então, chegou ao Sudeste do Brasil e até áreas mais ao Sul do Nordeste, na Bahia.

Fonte: Simepar e MetSul

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