As cotações domésticas do café arábica voltaram a avançar nos últimos dias, impulsionadas por valorizações externas da variedade, que, por sua vez, vêm sendo influenciadas por preocupações quanto à oferta na próxima temporada (2022/23).
Vale apontar que, após o volume abaixo do esperado colhido em 2021/22 no Brasil, as expectativas eram de recomposição dos estoques globais de café em 2022/23, devido à bienalidade positiva desta temporada. Porém, segundo colaboradores do Cepea, os problemas climáticos enfrentados pelo setor em 2021 têm reduzido a expectativa de recuperação da produção no próximo ano. Assim, na terça-feira (17), o Indicador CEPEA/ESALQ do arábica tipo 6, posto na capital paulista, fechou a R$ 1.032,50/sc, alta de R$ 17,17 por saca (ou de 1,7%) frente à terça anterior (10).
Para o robusta, os preços têm acompanhado os ganhos do arábica, devido ao aumento da demanda e às preocupações quanto à oferta em 2022/23 – a baixa disponibilidade de arábica tende a elevar o uso de robusta nos blends.
A relativa retração vendedora também tem sustentado as cotações – cafeicultores têm vendido seus lotes aos poucos, aproveitando os maiores preços. Na terça-feira, o Indicador CEPEA/ESALQ do tipo 6 peneira 13 acima fechou a R$ 637,18/sc, avanço de R$ 14,27 por saca (ou de 2,3%) frente ao dia 10.
Fonte: Cepea