O mercado islâmico é um grande potencial para o agronegócio brasileiro. Para atender essa demanda, a Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) e a Federação das Associações Muçulmanas do Brasil (Fambras) realizam o curso on-line “O mundo islâmico – oportunidades e desafios para a agropecuária brasileira”. As inscrições estão abertas e são gratuitas.
O evento acontece nos dias 6, 13, 20 e 25 de agosto, a partir das 9 horas, e terá duração de 90 minutos. Ao final, serão emitidos certificados eletrônicos para os inscritos com participação mínima de 75%.
Para ter um ideia do potencial de oportunidades para o agronegócio brasileiro, de acordo com a Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA), no primeiro semestre deste ano foram exportadas quase 1 milhão de toneladas de frango halal para os países árabes.
O comércio Halal está emergindo como uma das áreas de mercado mais lucrativas e influentes no mundo. De acordo com dados e pesquisas da Câmara de Comércio Árabe-Brasileira, são 1,8 bilhão de muçulmanos economicamente ativos no mundo, uma economia que cresce mais rápido que a média mundial: 6,2% nos países islâmicos contra 5,7% dos demais países. Se fosse um país, o mundo islâmico seria a terceira economia mundial, atrás apenas dos Estados Unidos e da China.
O curso abordará temas como tendências de consumo de alimentos e bebidas, certificações específicas e atração de investimento direto. O aumento da população e da renda das famílias colocam os países islâmicos entre as economias mais pujantes do mundo. Os mais de dois bilhões de consumidores muçulmanos já representam 25% da população mundial.
“A renda média das famílias e uma alta taxa de crescimento demográfico fazem do mundo islâmico um mercado extremamente estratégico para o agronegócio brasileiro. A expectativa é que esse mercado passe a movimentar cerca de US$ 2 trilhões a partir de 2022”, disse o assessor de relações internacionais da CNA, Thiago Masson.
Cada encontro terá dois módulos temáticos, somando oito assuntos no total. A programação é indicada para profissionais do setor agropecuário, do segmento agroexportador, funcionários do serviço público das áreas de comércio exterior e diplomacia, imprensa, academia e demais interessados.
Ministrado desde 2013, o curso já teve edições no Instituto Rio Branco, em parceria com o Ministério das Relações Exteriores, e na Ordem dos Advogados do Brasil (OAB). A iniciativa tem o apoio da Câmara de Comércio Árabe-Brasileira (CCAB) e da Academia Halal do Brasil.
Segundo a CCAB, 57 nações muçulmanas representaram o terceiro mercado para os produtos agropecuários brasileiros no ano passado. Em 2019, as vendas do setor para os países de maioria islâmica somaram US$ 16,6 bilhões. Os principais itens exportados foram carne de frango, açúcar, carne bovina e grãos.
“O curso contará com especialistas em mercado islâmico ligados ao agronegócio. Teremos temas como os princípios e o conhecimento sobre o mercado, de uma maneira bastante básica. O Brasil é o maior produtor e exportador mundial de proteína Halal e conquistou isso em um período muito pequeno de tempo”, afirmou o vice-presidente da Fambras, Ali Zoghbi.
Fonte: CNA
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