segunda-feira, 16 de setembro de 2024

Agricultura de Precisão

Adotada há quase 3 décadas, Agricultura de Precisão traz muitas vantagens

A Agricultura de Precisão (AP) já é utilizada há muito tempo, pelo menos desde a década de 1980. Mas, sinceramente, essas inúmeras tecnologias nem sempre se encaixam em todas as operações e todos os produtores. É importante saber como implementar a agricultura de precisão na sua lavoura e como se preparar para usar na pré-safra.
A Agricultura de Precisão possui inúmeras vantagens em relação ao sistema convencional de manejo. Na agricultura convencional os fertilizantes e insumos são aplicados igualmente em toda a área, com base em uma amostragem média para os talhões ou até para toda a fazenda. Já com Agricultura de Precisão, temos diversas informações que auxiliam na tomada de decisão, permitindo aplicar somente o necessário em cada pedaço da propriedade.
Os insumos são aplicados de acordo com o que cada parte da lavoura necessita, baseado em amostragens de solo, mapas de colheita, geolevantamento de informações, etc. Tudo isso é realizado com a utilização de satélites, drones, máquinas e inúmeras outras ferramentas que muitas vezes são adaptadas de outras áreas para uso na agricultura.

Benefícios
Um dos principais benefícios do uso da AP é o aumento da eficiência na utilização dos insumos. A técnica faz com que sejam utilizadas as quantidades necessárias de insumos para sua lavoura, no momento certo e no lugar certo. E é claro que isso vai depender do nível de produção que o produtor deseja atingir, já que (em geral) produções elevadas utilizam mais insumos.
“Com isso, temos o uso de insumos mais eficiente e de forma mais racional”, diz o engenheiro agrônomo, Luis Gustavo Mendes, da Esalq/USP em Piracicaba. Segundo ele, assim é possível evitar contaminações ambientais, lixiviações de nutrientes e redução de custos de produção. Porém, é bom o produtor estar ciente que em alguns casos há o aumento do uso de insumos, seja para aumentar as produtividades e os ganhos, e/ou para suprir as necessidades do solo. “Isso porque o produtor pode estar utilizando mais insumos ou menos do que o necessário, e a AP vem para ajustar no entendimento dessas relações”, explica

Vantagens
Entre as vantagens da AP está maior segurança na tomada de decisão: economia de insumos, economia financeira; economia de recursos; visualização detalhada da propriedade; melhoria das atividades agrícolas; maior controle da fazenda. De acordo com levantamentos, é possível reduzir em 11% os custos na operação no campo; em 37% os custos com análises de solo e em 19% dos totais, garantindo um aumento do rendimento global da lavoura em 67%.
No Brasil, por volta de 70% a 80% dos usuários de AP, a utilizam na análise e preparação do solo. Isso indica a grande importância dada aos produtores brasileiros na aplicação de fertilizantes e corretivos em taxa variável.
O primeiro passo para quem quer começar a trabalhar e aplicar os conceitos de Agricultura de Precisão na propriedade é analisar a variabilidade presente em seus talhões. Os mapas de produtividade são excelentes fontes de informações para isso. “Esses mapas são basicamente arquivos de pontos coletados e de acordo com a velocidade de deslocamento da máquina, a largura da plataforma e o tempo de aquisição de dados.

As colhedoras presentes no mercado vem equipadas com sensores que medem indiretamente a produtividade dos talhões. Para milho e soja, o sensor mais comum é uma placa de impacto alocada na parte superior do elevador das colhedoras.Essa placa de impacto é semelhante às nossas balanças convencionais.

Áreas de baixo potencial
Mas como faço para uma região de baixo potencial produtivo gerar lucro? Para o agrônomo, existem várias maneiras de explorar as regiões de baixo potencial: reduzir os custos investidos naqueles talhões de baixo potencial; redistribuir os insumos das áreas de baixa para áreas com maiores potenciais; reduzir o número de amostragens de solo nestes talhões; plantar outra cultura menos exigente ou mais adaptada às condições daquele talhão; reservar tais talhões para APP ou reserva legal.
Vale ressaltar que as regiões de baixo potencial devem ser avaliadas com cautela. Apenas um ano de produtividade baixa não torna uma região em área de baixo potencial.

Fonte: http://blog.aegro.com.br/agricultura-de-precisao/

 

 

 

 

 

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