segunda-feira, 16 de setembro de 2024

Agronegócio

Brasil volta a presidir entidade internacional do milho

O Brasil voltará a presidir a Maizall, aliança não-governamental que representa produtores de milho nos principais países exportadores do cereal – Argentina, Brasil e Estados Unidos. O presidente do Conselho do Global Agribusiness Fórum (Gaf), Césario Ramalho, assume em julho a presidência com a proposta de fomentar e promover a aceitação do milho transgênico em mercados como a China. Cesário participou do Fórum do Agronegócio 2018 na ExpoLondrina.

Criada há cinco anos por entidades como a Abramilho e entidades argentinas e americanas, a Maizall representa 50% do milho do mundo. Os três países detêm comercialmente 70%  do  mercado mundial.

Na expectativa de assumir o cargo, Cesário informa que o principal foco da entidade é derrubar as barreiras de acesso aos mercados globais relacionadas com a introdução de novas tecnologias na agricultura, particularmente em biotecnologia (transgenias) e fomentar novos mercados, como a China, que produz o dobro de grãos do que o Brasil, mas ainda tem resistência aos transgênicos.

“Precisamos defender a aceitação das transgenias. A agricultura brasileira é 90% transgênica, graças a isso e que nós temos esta produção espetacular”, disse, acrescentando que os chineses resistem imensamente a qualquer produto novo. “Mas a pesquisa não lança uma variedade de milho em menos de 10 anos e os chineses não querem levar mais 10 anos para plantar”, resumiu.

O grande crescimento do consumo é outro aspecto destacado por Cesário Ramalho. Segundo ele, a classe média global está crescendo ainda mais rápido, e a demanda mundial de alimentos vai desafiar os produtores de todas as mercadorias em todos os países nos próximos anos. “Mais que o crescimento demográfico,  temos que pensar no crescimento da renda, na inserção da classe média que acontece em todos os lugares”.

De acordo com Ramalho, o Brasil  é o segundo maior produtor de milho. Em 2017 produziu 97 milhões de toneladas e nos tornamos um dos maiores exportadores”, disse. Sobre os preços baixos do cereal brasileiro que está levando os produtores a reduzir a área e investir na soja, Ramalho avalia que o mesmo ocorre nos Estados Unidos, cujos produtores estão optando pela oleaginosa. “A entidade defende a lucratividade do produtor,  mas o mercado é livre. O que o governo pode fazer é influenciar. Se ele quer um pouco mais de milho, ele que favoreça um seguro, um financiamento”, ponderou.

“Fundamos esta associação e estamos fazendo um trabalho político grande na OMC, na FAO, em Roma e indiretamente na Rússia, na China. A briga do presidente americano Ronald Trump com o México, por exemplo, abre oportunidades para o Brasil e Argentina.  O México quer ver o diabo, mas não quer o milho americano”, concluiu.

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Paraná suspende queima controlada no campo - Conexão Agro
Coluna 205 - Paraná suspende queima controlada no campo
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