A colheita de café da safra brasileira 2022/23 está em 48% até o dia 05 de julho. O número faz parte do levantamento semanal de SAFRAS & Mercado para a evolução da colheita da safra. Na semana anterior, o índice era de 39%.
Tomando por base a estimativa de SAFRAS para a produção de café do Brasil em 2022/23, de 61,1 milhões de sacas de 60 quilos, é apontado que foram colhidas 29,54 milhões de sacas até o dia 05 de julho.
A colheita segue atrasada em relação ao ano passado, quando 54% da safra estava colhida neste período. Os trabalhos também estão atrasados contra à média dos últimos 5 anos, que é de 58%.
Segundo o consultor de SAFRAS & Mercado, Gil Barabach, a colheita ganhou ritmo, mas segue atrasada. “O clima mais seco, a elevação do percentual de maturação das lavouras e um melhor equacionamento de mão de obra justificam a melhora nos trabalhos. Apesar disto, a oferta segue curta”, assinalou.
A colheita de arábica alcança 40% da safra, ligeiramente abaixo das 42% de igual época do ano passado e bem abaixo dos 495% de média dos últimos 5 anos para o período. “A ideia preliminar é um perfil de qualidade muito bom, tanto de bebida como percentual de peneira”, disse Barabach.
Os trabalhos com conilon chegam a 63% do potencial da safra, ainda bem abaixo dos 73% em igual época do ano passado e dos 79% de média no período entre 2017 a 2021. A safra maior, a demora na maturação e a dificuldade com mão de obra explicam a lentidão dos trabalhos.
Agência SAFRAS