Mesmo diante do início da colheita da segunda safra em importantes regiões produtoras, como Mato Grosso e Paraná, os preços do milho apresentaram leves altas, na semana passada, na maior parte das regiões acompanhadas pelo Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea/Esalq-USP). Segundo pesquisadores, a sustentação veio da postura firme de vendedores, que estiveram atentos à maior paridade de exportação. Já demandantes preferiram aguardar melhores oportunidades com o avanço da colheita, cenário que limitou a liquidez. Nos portos, as cotações também avançaram, influenciadas pelas valorizações do dólar e externa.
Soja
Os preços da soja subiram no Brasil na semana passada, impulsionados sobretudo pelo maior interesse de compradores. Segundo pesquisadores do Cepea, esses agentes aproveitaram o elevado patamar do dólar – que voltou a operar acima de R$ 5 – para realizar negócios de curto prazo para o mercado interno e completar navios. Vendedores, que também estiveram mais ativos no período, buscaram “fazer caixa” para pagamento de custeio. Inclusive, os valores da soja em grão no Brasil se descolaram dos observados no mercado externo, que caíram, pressionados pelo bom ritmo da semeadura e pela demanda enfraquecida. Quanto aos derivados, a demanda de avicultores e suinocultores por farelo de soja esteve mais aquecida, cenário que elevou os preços do produto no Brasil. Já no caso do óleo, os valores caíram, pressionados pela menor demanda para a produção de biodiesel no Brasil.
Fonte: Cepea/Esalq-USP