Quase 70 milhões de aves já morreram e, pelo menos, 120 mil toneladas de carne de frango e suína deixaram de ser exportadas desde o início da greve.
Os números são da Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA), que divulgou uma nota, nesta segunda-feira (28) em que aponta que, segundo levantamento feito pela entidade junto a associados, caminhões com rações, insumos para a produção da alimentação animal, como milho e soja, e outros produtos são impedidos de circular em mais de 300 pontos de 22 estados do País.
Os animais mortos são colocados em composteiras nas próprias propriedades, mas o sistema já está no limite. O risco ambiental e de saúde pública é crescente.
Cerca de 1 bilhão de aves e 20 milhões de suínos ainda estão em risco de morte como consequência direta dos bloqueios.
Todos os esforços estão sendo realizados por avicultores, técnicos do setor, colaboradores da cadeia produtiva, inclusive motoristas que não concordam com a continuidade da greve, para diminuir os graves impactos causados pela paralisação.
Ainda de acordo com a nota, a situação é alarmante para todo o setor.
Além dos bloqueios, diz o informe, há relatos de ameaças a motoristas que querem deixar a paralisação.
“A continuação dos bloqueios para produtos alimentícios, rações e animais são um grave risco para o Brasil e exigem uma ação forte e imediata do governo. Não é mais possível esperar”, conclui a nota da ABPA.
