A Secretaria de Política Agrícola do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) esclarece que a suspensão adotada está em consonância com metodologia utilizada pelo Tesouro Nacional para o pagamento de equalização de taxas de juros. Conforme a metodologia, a média dos saldos diários, do saldo devedor vincendo dos financiamentos, não pode exceder o limite de recursos equalizáveis disponibilizados para o BNDES.
A Secretaria destaca que esse tipo de interrupção ocorreu na safra passada, o que revela uma demanda aquecida, e os pedidos de financiamento foram retomados logo em seguida pelo banco.
Desta forma, os recursos suspensos totalizam apenas R$ 1,5 bilhão do total dos R$ 19,8 bilhões disponibilizados para o BNDES, ou seja, não há esgotamento dos recursos. Essa suspensão poderá ser revista pelo banco a medida que os cálculos futuros apontem que os limites equalizáveis não foram ultrapassados.
A suspensão temporária ocorreu nas seguintes linhas:
– Crédito Agropecuário Empresarial de Investimento
– Adaptação à Mudança do Clima e Baixa Emissão de Carbono na Agropecuária (Programa ABC+, exclusivamente às linhas ABC+ Recuperação, ABC+ Orgânico, ABC+ Plantio Direto, ABC+ Integração, ABC+ Florestas, ABC+ Manejo de Resíduos, ABC+ Dendê, ABC+ Bioinsumos, ABC+ Manejo dos Solos);
– Construção e Ampliação de Armazéns (PCA, exclusivamente à linha destinada a operações com taxa de juros prefixada de até 8,5% a.a.);
– Financiamento à Agricultura Irrigada e ao Cultivo Protegido (PROIRRIGA)
– Desenvolvimento Cooperativo para Agregação de Valor à Produção Agropecuária (PRODECOOP);
– Programa de Capitalização de Cooperativas Agropecuárias (PROCAP-AGRO Giro).
Ressalta-se que o Plano Safra 2022/23 disponibilizou para esta temporada R$ 115 bilhões com fontes equalizáveis, dos quais o BNDES responde por 17,2%. Os recursos a juros controlados somam R$ 195,7 bilhões.
Fonte: MAPA