O Ato nº 26 do Departamento de Sanidade Vegetal e Insumos Agrícolas da Secretaria de Defesa Agropecuária, publicado nesta ontem (19), no Diário Oficial da União, traz o registro de 55 defensivos agrícolas formulados, ou seja, produtos que efetivamente estarão disponíveis para uso pelos agricultores no combate a pragas. Desses, 13 são considerados biológicos, sendo sete destinados à agricultura orgânica.
Ao todo, em 2023 já foram registrados 121 produtos, sendo 28 classificados como de baixo impacto, o que evidencia a crescente preocupação com práticas agrícolas sustentáveis. “Os produtos biológicos contêm fungos, bactérias, vírus e insetos predadores, representando uma abordagem inovadora e amigável ao meio ambiente no controle de pragas e doenças nas plantações”, relata a chefe da Divisão de Registro de Produtos Formulados, Tatiane Almeida.
Dentre os produtos químicos registrados, cinco deles apresentam uma nova substância ativa denominada isocycloseram. Trata-se de um ingrediente ativo de última geração para um amplo espectro de pragas, com um modo de ação inédito. Sua eficácia proporciona controle imediato e prolongado, mesmo em doses reduzidas. Esses produtos são recomendados para diversas grandes culturas e, em especial, para o combate às formigas.
Os produtos com esse ativo puro foram classificados pela Anvisa como categoria 5, ou seja, produto improvável de causar dano agudo. Nessa categoria, por exemplo, estão incluídos os produtos de origem biológica. O isocycloseram já é registrado na Austrália e constou na lista de priorização de culturas de suporte fitossanitário insuficiente (minor crops) do Canadá em 2022, para o controle de tripes em pepinos.
Os demais produtos utilizam ingredientes ativos já registrados anteriormente no país. Os novos registros são importantes pois diminuem a concentração do mercado de defensivos e aumentam a concorrência. Isso acaba resultando em um comércio mais justo e em menores custos de produção para a agricultura brasileira.
Com a publicação do Ato n° 26, o Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) reafirma o compromisso em fomentar práticas agrícolas sustentáveis, aliando a proteção das plantações à preservação do meio ambiente, e garantindo assim a qualidade e a segurança dos produtos agrícolas brasileiros.
Todos os produtos registrados foram analisados e aprovados pela Anvisa, pelo Ibama e pelo Mapa, órgãos responsáveis pela saúde, meio ambiente e agricultura, respectivamente, de acordo com critérios científicos e alinhados às melhores práticas internacionais.