A pesquisadora Mariangela Hungria, da Embrapa Soja, recebeu, na noite do dia 31 de maio, o Prêmio FPA, outorgado pelo Instituto Pensar Agro e pela Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA), durante a cerimônia de recebimento aos 10 Anos do Código Florestal, no Clube Naval, em Brasília-DF.
Mariangela recebeu o prêmio de Personalidade do Ano, na categoria Acadêmica, do deputado Pedro Lupion, do partido Progressistas (PP), do Paraná. A diretoria executiva de inovação e tecnologia Adriana Regina Martin participou da solenidade da premiação. “Foi uma grande surpresa receber esse prêmio e me senti honrada por estar ao lado de outras personalidades importantes para o setor agropecuário”, destacou Mariangela.
O Prêmio FPA agraciou as seguintes personalidades: deputada federal Tereza Cristina (PP-MS), na categoria Personalidade do Ano; Pedro Rebelo, que representou o ex-deputado e relator do Código Florestal na Comissão Mista do Congresso Nacional, Aldo Rebelo, na categoria Atuação Política; deputado federal e presidente da FPA, Sérgio Souza (MDB-PR) como Parlamentar Destaque; a engenheira Mariângela Hungria, na categoria Acadêmica e os jornalistas Iuri Pitta, Rafael Walendorff e Paulo Saad, este, diretor do Grupo Bandeirantes, na categoria Imprensa.
Mariangela conduz pesquisas para o desenvolvimento de inoculantes à base de bactérias que substituem os fertilizantes nitrogenados e possibilitam uma agricultura mais sustentável. Ela é uma das grandes responsáveis pelo desenvolvimento das tecnologias de inoculação e coinoculação da soja, o que tem promovido grandes saltos de produtividade no campo. Somente na safra passada, a fixação biológica do nitrogênio (FBN) trouxe uma economia de cerca de R$ 38 bilhões ao Brasil.
Em novembro de 2020, Mariangela foi classificada entre os 100 mil cientistas mais influentes no mundo, de acordo com estudo da Universidade de Stanford (EUA). Intitulada Updated science-wide author databases of standardized citation indicators, a seleção foi realizada a partir de um banco de dados mundial com sete milhões de cientistas e publicado no periódico PLOS Biology.
Durante a premiação, Mariangela afirmou que não teria sido possível chegar a um resultado sem a regulamentação do uso da inoculação no Brasil. “A oferta brasileira é modelo no mundo e precisamos que o legislativo continue promulgando que garantam produtos de qualidade aos produtores”, afirmou. Ela também disse ser necessário que se promulgue uma legislação sobre proteção intelectual e industrial dos microrganismos usados na agricultura. Outro ponto levantando foi quanto à necessidade de manutenção de financiamento público para pesquisa. “Gostaria de fazer um alerta de que a pesquisa pública brasileira precisa receber investimentos para continuar entregando resultados impactantes, a exemplo da FBN na soja, o sistema plantio direto e até mesmo a Integração Lavoura Pecuária Floresta (ILPF)”, afirmou.
Lembrando de sua trajetória de resiliência tanto na vida pessoal quanto profissional, Mariangela deixou ainda uma mensagem especial às mulheres para que persistam em seus projetos e que sejam inspiradores para outras mulheres. “Quando ouvir nãos, mostre que a vida pode ser um grande sim”, concluiu.
Fonte: Embrapa
