Os preços do milho e soja seguem em queda no mercado doméstico neste primeiro mês do ano. Segundo o Indicador Esalq/BM&FBovespa (região de Campinas – SP), o forte recuo do milho já acumulava 10% até o dia 25 de janeiro.

Segundo pesquisadores do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea), os valores chegaram a esboçar reação na última semana, influenciados por um pontual aquecimento na demanda, mas a retração compradora ainda predominou no balanço do período, mesmo diante da possibilidade de menor oferta em 2024. Vendedores, por sua vez, priorizam os trabalhos de campo, conforme relatos de colaboradores do Cepea.

Soja

Levantamentos do Cepea mostram que os preços internos da soja oscilaram com força ao longo da última semana, embora tenha predominado o movimento de baixa. Segundo pesquisadores deste centro, enquanto os dias de alta foram influenciados pelo ritmo elevado de exportação da oleaginosa e pela baixa produtividade das primeiras lavouras colhidas no País, as quedas estiveram atreladas a dados indicando maior disponibilidade de soja no Mercosul e à demanda doméstica enfraquecida. 

De acordo com a Secex, na parcial de janeiro (até o dia 19), saíram dos portos brasileiros 1,95 milhão de toneladas da oleaginosa, quantidade que já supera em 132,7% a escoada em todo mês de janeiro/23. A posição retraída de sojicultores também se deve a incertezas em relação à produção nacional. Conforme dados da Conab, a colheita alcançou 4,7% até 20 de janeiro, acima dos 2% de um ano atrás.

Fonte: Cepea